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domingo, 25 de fevereiro de 2018

Resenha Filme: Dois é uma família

Estou doente, praticamente de cama, e visto isto, resolvi me deliciar com alguns filmes. "Dois é uma família" é um filme francês, com leveza e dinâmica, e piadinhas que só filmes franceses conseguem fazer tão bem. O ator principal, Omar S, é o mesmo que fez Intocáveis. 
A temática deste filme gira em torno de um cara, completamente infantil e irresponsável, que tem a sua vida virada de cabeça para baixo quando descobre que tem uma filha e ela ficará com ele.
A cenas possuem um humor sutil, com apenas alguns personagens no elenco.  O amadurecimento do personagem principal se dá de maneira rápida, porém, apesar de encarar as responsabilidades da vida adulta, esse pai não deixa de ter um toque de divertimento. 
Confesso que tive muita raiva da mãe, que depois de vários anos ausentes, resolve vir sentar na janelinha e citar novas regras. Mas mesmo ela, não é uma pessoa ruim. É só humana. O filme mostra muito bem os aspectos humanos do casal principal. 
O melhor desde filme, e o final, sem sombra de dúvida. Você não viu o filme inteiro se não chegou até o fim, pois é lá que se encontra a joia mais preciosa dessa obra. Uma reviravolta interessantíssima, que te faz amar mais ainda esse pai imperfeito. 
Recomendo de todo o meu coração. 
É o tipo de produção muito bem feita, onde os detalhes fazem as diferenças e os nexos das histórias tem um enlace perfeito.
Recomendado para todas as idades, e posso te garantir, que cada faia etária vai interpretar esse filme com ma historia diferente.
Sensacional.


terça-feira, 4 de junho de 2013

Game Of Thrones



AVISO: ESSE POST CONTÉM O FINAL DO EPISÓDIO 9 DA 3ª TEMPORADA DE GAME OF THRONES. ESTEJA CIENTE DO SPOILE SE CONTINUAR.

É pleonasmo dizer que sou fã de fantasias. Minhas primeiras vírgulas foram inspiradas em feiticeiras e dragões. Assisti Coração de Cavaleiro tantas vezes quanto posso me lembras das tardes de sexta. Despertei a deusa em mim com Brumas de Avalon, fora tantas outras aventuras lidas ou escritas.

O fenômeno da vez é "As crônicas de gelo e fogo" de George R. R. Martin. Espero ansiosa para ler sua obra no inglês, porém, enquanto a faculdade não me dá vida social, usufruo da brilhante adaptação da HBO. Uma super produção digna à obra.

Esse último episódio The Rains of Castamere provocou um vuco-vuco nas redes sociais, tudo graças a última cena: o casamento vermelho. Houve reações de diversos tipos. A morte dos Starks foi uma prova de fogo aos fãs. Só continuará a assistir a série quem for contra clichês e confiar nas injustiças da vida.

Como também virgulista, eu parabenizo Martin (não que ele precisasse da minha aprovação para ser o gênio que é, mas enfim). Robb, Catelyn e Jeyne são personagens queridos e aclamados pelo público. As pessoas eram apegadas a eles, viam um futuro com eles. Eu mesma, apesar do exército dos Starks estarem em desvantagem, já imaginava que, por um milagre literário, eles alcansariam o Trono de Ferro. Rolava um sentimento, saca?

E Martin sabia disso, planejou isso. Não foi coincidência Jeyne anunciar, em uma momento de amor do casal, que o nome do filho deles, se fosse menino, seria Eddard. O autor nos fez suspirar, amar aquela criança e reviver o Ned nela. O pobre defunto também foi lembrado por sua sensibilidade no casamento com Catelyn. Até o pressentimento de Arya revela a esperteza do autor.

Todos esses elementos foram criados para laços de afeição. Um extenuante, para que a surpresa torne-se mais traumática. Tal atitude exige coragem. Se o leitor ou telespectador sente-se vinculado a um personagem que passou alguns dias juntos, imagine o autor, cujas personagens são ele, se não no começo, passa a ser no final?

Lembro-me do meu primeiro personagem importante que matei. Eu chorei. Chorei quando decidi fazê-lo e percebi que minha trama não faria sentido se não o fizesse, e chorei quando imortalizei a cena em palavras. Um livro é com um filho, as vezes temos que lhe dar alguns sacodes para melhorá-lo.

Em uma entrevista Martin disso que a cena do casamento foi inspirada em episódios históricos reais. Uma boa dica para melhorar as carnificinas em meus livros: recorrer à história do mundo, sempre muito cruel. Costumes, honra e traição. Não me admira o esplendor da trama.

Se você ficou putíssimo com o ocorrido da trama, dane-se. A cabeça de Martin é um caixa de Pandora. O bem e o mal pedem surgir para dominar o mundo. Nossa única opção é confiar no autor. Agora, se ele morrer antes de acabar a série, só nos resta rir, enquanto organizamos uma revolução contra as injustiças da vida, afinal, ela é uma caixinha de surpresas.