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sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Um é pouco. Dois é bom. Três é demais.

Quando eu estava prestes a me mudar para a cidade universitária onde eu moro, todas as aventuras de American Pie e aquele negócio de friendship forever fervilharam na minha mente. Como os estudantes percebem, aquilo é uma tremenda mentira.
No primeiro ano não aguentava mais a minha companheira de casa, e quando ela se foi, e uma bixete veio, eu realmente achei que as coisas mudariam.
Contudo, todavia, entretanto, uma das pessoas que eu mais me dei bem na faculdade começou a namorar, e não contente com isso, começou a ser mandada pelo namorado.
No primeiro ano de namoro dele, eu mal a via durante a semana. Ele chegava em casa de madrugada, demorava alguns minutos para refazer a mala dela, enquanto ele a esperava na sala, e ambos voltavam felizes para o apartamento dele.
Eu não tenho nada a ver com isso, claro. Porém, eles não ficavam sozinhos naquele apartamento e o companheiro de casa dele começou a se enfezar, e o que aconteceu? Ele foi embora, desmanchando toda a casa.
Com isso, eles resolveram se apossar do apartamento dela. Ou seja, ficamos algumas semanas morando em 3, e eu, morando em uma rep mista contra a minha vontade.
Ele chegou a tomar banho em casa.
Cheguei e conversei. Não foi fácil. Ela não é mais tão amiga quanto antes e ele mal olha pra mim. Fica uma situação esquisita toda a vez que estamos os três em casa. Ou mesmo só nós duas. A porta do quarto estás sempre fechada de ambas as partes e dificilmente temos assunto em comum.
Ela até decidiu mudar de apartamento. Por mim, tudo bem.
No inicio, achei meio exagero da minha parte. Eu não me importo que ele durma lá, só me importo dele viver lá. Sabe, namorados em rep femininas tem que ter em mente de que são visitas. Eles podem ficar lá o tanto de tempo que quiserem, mas no final das contas, devem sempre abaixar a tampa do banheiro.
Não tinha essa ideia tão nítida na minha mente até ontem.
Eu estava super produzida para sair com um cara. Camisa, short e salto. Quando o terceiro elemento apareceu e demorou longos segundos olhando para as minhas pernas. Ou seja, ele se acha no direito de ditar as regras na minha própria casa, torná-la um lugar onde eu não posso nem chegar e tirar o sutiã, e ainda me vem com uma paquerada dessas?
Eu vi safadeza naquele olhar. E safadeza na minha própria casa. Até as mulheres muçulmanas podem tirar o véu e se sentirem confortáveis dentro de casa, eu não?


domingo, 7 de julho de 2013

Traição é Traição

Confiar na pessoas, para mim, é difícil. Não que eu ou elas sejamos falsas uma com as outras, apenas tenho dificuldade no encaixe de ideias. Sou sensível a respeito disso. Quando realmente considerar alguém um BFF, acredite, será. 
E para ser melhores amigos eu não exijo muito. O básico, entende? Compartilhar segredos, guardar segredos, dar opiniões sinceras. 
Ontem, em meio a uma reunião íntima com dois amigos, me perguntaram se eu já havia amado de verdade. Parei. 
"Só platonicamente. O Zé." -e troquei um olhar de lembrança para a minha amiga. Amiga na qual participou fielmente dos acontecimentos e desastres a respeito deste Zé. Amiga que me aconselhou e que nos apresentou. Amiga presente nas dores e conquistas. 
Então essa amiga, lembrando do passado de menina, disse:
"Eu tive dois... 
"O Danilo" -acrescentei triunfante da nossa intimidade.
"Sim, e o Zé." -arregalei os olhos. O meu Zé? Sim, o meu Zé. "Mas não foi bem assim, ele gostava de mim e talz. Isso foi na quarta série." 
O Zé, comigo, foi na oitava. Nessa época eu e ela já éramos amigas a dois anos. E só descubro agora, depois de 10 anos, quando ela deixa escapar em uma conversa despretensiosa. 
Traição é traição. 
Não traição do tipo deles terem algo, mas traição do tipo dela não me contar. Dela ficar ouvindo as minhas lamúrias e ficar pensando "Na minha época...". Traição de esconder algo tão importante na minha vida. Não confiar em mim. Traição do universo também, por não deixar que a minha primeira paixão de verdade seja algo só meu. Preciso dividir até isso? 
A vida é uma caixinha de surpresas. Uma pandora safada. 
Fiquei totalmente sem chão com isso. Pode parecer pouco, mas para mim, não é. Isso e mais um monte de outras coisas. Amizade é você querer compartilhar a sua vida com alguém, é ter um base sincera te esperando. Agora se for cheia de receios... 
Fiquei magoada, sim. Senti que fui feita de boba. Que, como sempre, fui a garotinha ingênua e manipulável. Como se ela fosse a mãe das minhas ações, fosse a víbora que sabe a verdade mas não quer falar. 
E não falar para uma estranha, mas para alguém próximo de você. A família que você escolheu. 
O universo mais uma vez nos ensina lições. Mas ele é um professor cruel. 

terça-feira, 2 de julho de 2013

Amigas Amigas

Sempre me orgulhei da minha capacidade de fazer amizades. Nunca chamei atenção, mas possuía vários tipos de amigos. Com o passar dos anos fui descobrindo uma coisa: eu me canso das pessoas. Não sei se eu começo a conhecer e me desencanto ou se eles é que são insuportáveis mesmo.

Estava amicíssima de uma menina no meu prédio. Engraçada, gente boa, não mais bonita do que eu. Perfeito. Tem tantos dramas existenciais quando essa alma que voz escreve, mas ultimamente...

A garota está apaixonada. E como toda apaixonada, pisa na merda e abre os dedos. Neste caso, porém, a história terá um começo, eles só precisam largar as inseguranças. Olha, eu sempre gostei de histórias e sempre fui boa ouvinte, mas depois de 125ª vez ouvindo a mesma coisa, haja paciência!

E outra coisa, detesto suspense desnecessário. Fala que tem uma novidade, mas vai me contar só quando o Acre existir. Poupe-me. Isso é coisa de criança!

E para completar (e pode dizer que eu estou com ciumes mesmo) ela resolveu dar uma de virgulista. Ok. Todo mundo tem o direito de escrever e se expressar como quiser, mas não me venha com o peito cheio de orgulho falando que é uma expert. Você escreveu uma centena de textos porque esta inspirada, apaixonadamente inspirada. Esse é o primeiro caminho para as vírgulas, mas por favor, não me mostre apenas esse caminho.

Escrever não é só falar no diário. Temos as partes dos romances e talz, mas quando o 5º texto que ela me manda se parece com os outros 4, está apenas andando em círculos.

Eu sei que acredito veemente no poder da escrita, na maneira de como ela muda as pessoas. Porém, virgulistas novos ou velhos, temos que saber nos classificar e colocar no nosso lugar. Você tem que escolher que tipo de escritor será. Aquele de diário ou de livro? O estático ou dinâmico? O preguiçoso ou o estudioso?
Entende?

Todo mundo pode escrever. Todo mundo pode escrever bem. Mas nem todo mundo é capaz de se entregar a escrita, ter aquela coisa especial que só escritores tem. Não questão de talento ou treino, é questão de espírito.


segunda-feira, 24 de junho de 2013

Opinião Alheia

Uma amiga puritana minha me ligou ontem a noite. Ela é uma das pessoas que mais considero nesse mundo, então contei das minhas peripécias do sábado passado. A análise dela foi:
-você é hipócrita, tem coragem para chamar o cara mas não tem coragem de dar para ele;
-você é bipolar, e vai se machucar com isso;
-você vai ficar falada;
-(e a pérola da noite) você é sociopata.

Segundo ela, eu sou impulsiva. Vivo em um estada de tristeza comum, pelo fato de não ter amigos na onde eu moro, não ter caras que gostam de mim, e receber diariamente um nabo da faculdade. Depois, quando eu conheço alguém, ou algo, deposito toda a minha energia e felicidade nisso, passando por um estado de profunda depressão quando as coisas não saem como o previsto.

Sim, ela é a minha amiga e sim, disse a verdade. Mas que mal há nisso? Eu me divirto horrores com a minha bipolaridade. É certo de que eu não sei bem o que eu quero. Mas quem pode dizer que sabe?

E francamente, hipócrita? A liberdade sexual está aí para eu poder escolher. Não é por que eu chamo alguém que eu tenho que dar para ele. Eu dou se eu quiser e quando. Fim.

Ficar falada? Em que século nós estamos mesmo? Parece a minha mãe com todo o seu preconceito machista. Ninguém gosta de roupa usada, ninguém gosta de comida fria... fala sério. Não sou roupa nem comida. Sou um ser humano que não tem seu caráter definido por quando homens ama ou deixa de amar! Caráter é como você trata as pessoas, o quão sincera você é com elas, sem joguinhos ou artimanhas.

Sociopata? Tantas coisas mais criativas para me chamar. Louca, estérica, estranha. Agora só por que estou cheias de dúvidas e estou curtindo a minha espontaneidade, sou classificada com distúrbios psicológicos? Jura?

Só por que você não consegue me entender, não quer dizer que eu estou errada. Sou um ponto fora da curva? Ou a sua curva que está ultrapassada?



E de verdade, se não fosse pela minha loucura no sábado a noite, qual seria o drama da minha vida hoje?