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quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Piscianos


Para um pisciano, a pior coisa do mundo é não poder sair da realidade, não ter um mundo só seu onde as cores são mais vivas e todos os dias se dorme com o barulho da chuva. Não é apenas o desejo de querer fugir de tudo, é o desejo de ter um lugar para recarregar.
Lugar este no fundo de um livro, numa sensação, numa música relaxante. E quando o pisciano se vê frente a frente com a realidade, ele simplesmente não consegue encará-la, não sem antes passear junto às fadas para que elas lhe deem conselhos mágicos.
É interessante essa relação que os nascidos em peixes tem o universo. Eles são transcendentais, e sua estada na Terra já os cansa, de tal modo a precisarem dar uma volta rápida para uma atmosfera mais etérea.
Um ser sensível como ele, deve sempre estar em contato com energias boas, envolta a coisas místicas. É assim que se sente bem. Não a toa é sonhador, o faz por necessidade.
Quando falavam essas coisas do meu signo, eu nunca acreditei. Porém, mesmo quando criança, criava uma sociedade inteira dentro de mim, com amigos imaginários e personagens que cresciam e amadureciam.
Acreditava piamente ter poderes mágicos, ser uma bruxa escondida no meio de gerações de humanos. Até hoje acho que sou. Mesmo que essa magia tenha se esvairado com as durezas da vida, sinto que só preciso de uma varinha de condão, ou mesmo um pedaço de galho velho, para a vida voltar aos eixos.
É estranho, de uma hora pra outra, se deparar com uma veracidade tão dificultosa. Livros não me fazem mergulhar mais em suas páginas. Filmes e séries arrecadam um sentimento de inutilidade. Não quero mais receber as imaginações dos outros, quero criar as minhas. Mas com que inspirações?
Quando uma onde de depressão atinge você, como tantas outras vezes aconteceram, precisa se armar, de maneira eficiente, que não se canse de carregá-las.
Hoje, na minha vida, sinto um quê de tristeza muito grande. E as vezes nem tem um motivo concreto. O simples fato do meu mundo mágico estar interditado para obras me incomoda.
Se você tem um amigo de peixes, vai perceber que eles gostam de reclamar muito, contudo, ele só reclamará com você se forem muito íntimos. Peixes não confia em qualquer um, e antes de fazê-lo, se for fazê-lo, passa uma imagem completamente oposta, com um envoltório muito mais bonito e belo.
Na cabeça dele, o mundo quer vê-lo assim, e não são todos que tem tempo para suas angústia.
Mas o pisciano se arrepende também em confiar demais em alguém, afinal, esse pessoa não mais o admira tanto.
No fundo, ele espera algo sem julgamento. Alguém que absorva os seus murmúrios, sem diminuí-lo ou usar contra.
E se você realmente quiser ajudar um pisciano, faça uma toca de coelho e diga a ele que ali morou uma comunidade inteira de gnomos encantados e deixe-o lá por algumas horas. Pronto. Ele está curado.


domingo, 5 de janeiro de 2014

R$ 22,50

O tédio tomou conta de mim e fui dar uma volta no shopping. Sozinha, pra variar. O bom de ser introspectiva é se divertir na total ausência de vida humana. Claro que eles estavam ali, só não prestavam atenção em mim.
Parei em um desses quiosques que vendem chocolate e me propus a comprar um. Procurando o meu escolhido, deparei-me com uma situação traumatizante.
"Chocolate açucarado. R$22,50 a cada 100g"
Fitei aquela placa com um ar de retardadisse por um tempo. Utilizei todos os meus estudos matemáticos para chegar e rechegar ao resultado.
Não acreditando na veracidade dos meus cálculo, perguntei pra atendente.
"Moça, esse preço está certo mesmo? São 225,00 reais o quilo desse bombom?"
"Sim, sim." -ela me olhou sorrindo -"Vai querer levar?"
"Não, obrigada. Prefiro evitar a falência."
Ainda bem, repito, ainda bem, que sou uma pessoa calma e equilibrada. Por que se fosse qualquer um com pouquinho mais de vontade de lutar contra as injustiças do mundo, teria colocado fogo naquele quiosque, junto com seus clientes.
Eu fico pensando que tipo de pessoa acorda e tem como plano de vida gastar 225,00 reais em um quilo de chocolate. Ou melhor, quem é o cara que fez um chocolate nesse preço?
O pior que o lugar estava cheio!
Juro, depois dessa, não tenho mais fé na humanidade.

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Ogrinhos

Quando eu era pequena e via os príncipes corajosos nos desenhos da Disney eu sempre imaginei que o meu Sr. Certo seria assim. Então a gente cresce e percebe que nenhum são príncipes, e a maioria é Shrek. Porém, até o ogro verde tem coragem. Ele enfrentou um dragão, a família dela e de quebra o burro. E estão com três filhos pra cuidar!
Ele pode até estar com medo, mas não exitou em cumprir os seus objetivos. Não ficou marcando compromissos para adiar a sua missão. E nem se escondendo atrás dos amigos. Os amigos os apoiaram, mas foi ele sozinho que conquistou a princesa.
Os ogros de hoje em dia se esqueceram de crescer. Ou será que são as ogras que estão velhas demais?
O fato é que ogras querem a disponibilidade deles. Querem ligar e não dependerem de ninguém. Querem um companheiro para os banhos relaxantes no pântanos. Querem que eles tenham idéias para o jantar e apareçam com algo novo de vez em quando.Querem presentes com significado. E não algo que estavam precisando e tinha que acontecer.
Novidade seria um bom pedido. Até nas falas ao pé do ouvido a mesma coisa cansa, né? E dica, quando a ogra preguntar como foi o dia assustador do ogro, que ele não comece falando que foi horrível e que não assustou ninguém.
A ogra não pede muito.
Acho que no fundo ela quer um ogro mais crescidinho, mais sabido da vida.


domingo, 3 de novembro de 2013

O que tiver que ser, será.

Incrível como nossa vida é regada por frases desses tipo. Naquela momento em que não sabemos  o que esperar, sempre tem um neurônio com esse bordão pronto a declarar. Como se, ao falar clichês desses tipos, as situação não esteja mais em suas mãos, e sim em algo divino.
Porém, eu conheço Fortuna. Ela é uma roda sempre pronta a girar, e nunca apta a pular para a parte que interessa.
Independente do que aconteça, iremos nos contentar com o fato no final, não durante. O "durante" é sempre estranho e o "antes" muito assustador.
Antes não sabemos nada. Podemos ter algum tipo de sentimento, mas ele não nos garante certeza sobre coisa alguma. E isso é ruim. Porque é no "antes" que escolhemos. 
Escolhas que determinam o "depois". E esse "depois", seja ela bom ou ruim, afeta no nosso "durante".
É o "durante" dono da saudade, o coletador de lágrimas. O "durante" é safado, ele não nos deixa desvendá-lo, prevê-lo. Ele acontece e se esquece do que o "antes" havia prometido.
Por isso Fortuna é uma roda, e não um bang-jump. Pra ela, é sempre o "durante". Nós, seres carentes e incertos, que preferimos não pensar no "durante". Mas ele está aí, te esperando, convivendo com você.
Não importa o que aconteça, você sempre está de mãos dadas com o "durante". O resto é ilusão.


quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Churrasco dos 100 dias

Na UNESP, temos a tradição de fazer o Churrasco dos Dias. Churrasco dos 500 Dias para a formatura, dos 300, dos 100, dos 50, dos "não importa o dia, vamos beber". E vez por outra, quando estes acontecem, há uma série básica de perguntas feitas aos formandos:
"O que vai fazer quando sair daqui?"
"Está pensando em voltar pra casa?"
"Vai trabalhar no nordeste?"
"Mestrado?"
"Ah.. ainda não vai dar pra fazer a colação, ok, ok.. acontece né?"
 E agora, com essa onde de novos investimentos por ai, a maioria responde:
"Acha que vou ser empreendedor. Ser autônomo."
Então eu fico só olhando para aquele futuro profissional e pensando: "Será que ele sabe o significado da palavra 'autônomo' ?"
Porque recebemos um monte de influências e histórias de pessoas que saíram do nada e agora são donos de grandes empresas bem sucedidas. Várias palestras são criadas e expostas com esse objetivo. Criou-se uma espécie de lenda urbana empresarial. Todo mundo pode ser o que quiser. Fazer o que gosta. Ganhar dinheiro com isso.
Concordo.
Porém, uma economia não é feita apenas de gente poderosa.
E desses criadores de grandes empresas, quantos não ficaram para traz.
Lanço um desafio para os organizadores de palestras empreendedoras. Pare de falar dos bem sucedidos. Dedique-se aos fracassados.
Não para assustar os jovens profissionais, mas para mostrá-los que há várias consequências para um mesmo caminho.
Claro que eu não tenho a experiência e nem a aptidão para criticar ninguém. Eu ainda imagino o meu trabalho perfeito como algo que dure 6 horas por dia e me permita comprar um jatinho no final do mês.
Entretanto, apesar de gostar de ficção, na vida devemos colocar o pé no chão. Não porque somos pessimistas, e sim pela estratégia.
"No impossível temos menos concorrência" . Verdade. Mas para chegar lá, precisamos passar pelo possível. E é esse o problema.


sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Um é pouco. Dois é bom. Três é demais.

Quando eu estava prestes a me mudar para a cidade universitária onde eu moro, todas as aventuras de American Pie e aquele negócio de friendship forever fervilharam na minha mente. Como os estudantes percebem, aquilo é uma tremenda mentira.
No primeiro ano não aguentava mais a minha companheira de casa, e quando ela se foi, e uma bixete veio, eu realmente achei que as coisas mudariam.
Contudo, todavia, entretanto, uma das pessoas que eu mais me dei bem na faculdade começou a namorar, e não contente com isso, começou a ser mandada pelo namorado.
No primeiro ano de namoro dele, eu mal a via durante a semana. Ele chegava em casa de madrugada, demorava alguns minutos para refazer a mala dela, enquanto ele a esperava na sala, e ambos voltavam felizes para o apartamento dele.
Eu não tenho nada a ver com isso, claro. Porém, eles não ficavam sozinhos naquele apartamento e o companheiro de casa dele começou a se enfezar, e o que aconteceu? Ele foi embora, desmanchando toda a casa.
Com isso, eles resolveram se apossar do apartamento dela. Ou seja, ficamos algumas semanas morando em 3, e eu, morando em uma rep mista contra a minha vontade.
Ele chegou a tomar banho em casa.
Cheguei e conversei. Não foi fácil. Ela não é mais tão amiga quanto antes e ele mal olha pra mim. Fica uma situação esquisita toda a vez que estamos os três em casa. Ou mesmo só nós duas. A porta do quarto estás sempre fechada de ambas as partes e dificilmente temos assunto em comum.
Ela até decidiu mudar de apartamento. Por mim, tudo bem.
No inicio, achei meio exagero da minha parte. Eu não me importo que ele durma lá, só me importo dele viver lá. Sabe, namorados em rep femininas tem que ter em mente de que são visitas. Eles podem ficar lá o tanto de tempo que quiserem, mas no final das contas, devem sempre abaixar a tampa do banheiro.
Não tinha essa ideia tão nítida na minha mente até ontem.
Eu estava super produzida para sair com um cara. Camisa, short e salto. Quando o terceiro elemento apareceu e demorou longos segundos olhando para as minhas pernas. Ou seja, ele se acha no direito de ditar as regras na minha própria casa, torná-la um lugar onde eu não posso nem chegar e tirar o sutiã, e ainda me vem com uma paquerada dessas?
Eu vi safadeza naquele olhar. E safadeza na minha própria casa. Até as mulheres muçulmanas podem tirar o véu e se sentirem confortáveis dentro de casa, eu não?


segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Felicidade Móvel




Observar as pessoas em sua volta é um exercício muito interessante, principalmente se for algo que traduza o seu eu de dentro para fora. Eu acredito fielmente que o corpo fala e ainda com a mesma linguagem. Um sorriso é algo bom para mim ou para um esquimó.

Nessa semana, o meu dispositivo móvel vibrou mais do que a Mulher Melancia. Mensagens, whats up, Facebook, ligações... todas esperadas com carinho, e recebidas com um sorriso, uma risada de canto de boca.

Então eu parei de olhar para mim e comecei a me refletir nas atitudes dos outros. Quando passarinhos assobiaram anunciam a mensagem, eu vi um cara parar o seu treino de academia, pegar o celular, ler e abrir o sorriso mais lindo do mundo. Lindo porque parecia o meu. Lindo porque também participavam os brilhos nos olhos.

Quase que eu peço para ele me deixar ver a mensagem também.

As opções passaram voando pela minha cabeça. Amigos, paqueras, namorada, família. No fundo, eu sabia que era algo relacionado a paixões.

São as paixões as responsáveis por brilhos nos olhos, por paradas bruscas de exercícios. Elas é que movem o mundo. Seja com Helena de Tróia, ou dando fama a dramaturgos Sheakesperianos. Levam nas nuvens, e as vezes te derrubam de lá.

Indo para a faculdade, eu presenciei um término. Uma dor no peito.

"Você fica chorando ai, amor, e eu fico chorando aqui. Eu não consigo mais.A gente não merece sofrer tanto."

A gente tem medo e sofrer, e esquece de sorrir. De simplesmente ir. Estranho.

Um dispositivo móvel traz tudo de longe pra você.

Se existisse um aplicativo capaz de fotografar as emoções feitas em cima de um celular, coisa sem pretexto, natural, igual aquela que localiza sorriso, quais seriam as fotos de mim que ele tiraria?


quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Puta puta puta

Quando meu primo era mais novo, uns dois aninhos mais ou menos, o meu tio o levou para passear de carro. Uma moto ultrapassou de maneira errada e meu tio gritou:
_Seu filho da puta!
A partir disso, meu primo começou a repetir "Puta. Puta. Puta." Era fato que não sabia o que significava essa palavra, mas achava engraçado o jeito horrorizado que as pessoas olhavam para ele e a maneira como repreendiam o meu tio. Se alguém dizia algo, ele interrompia com uma gargalhada gostosa de criança.
Hoje em dia, comparando as ações das pessoas, eu digo que elas não são tão diferentes do meu priminho. Elas falam puta sem se preocupar de que isso não define caráter. Falam puta para se defenderem.
Fui a um churrasco da faculdade. Apenas unespianos lá. Ou seja, o vestibular selecionou um pouco o QI dos convidados. Conversando, um deles virou horrorizado para as minhas unhas.
_Esse esmalte é vermelho de puta!
E um outro completou:
_Isso e passar batom vermelho também!
Eu parei.
_Passo batom vermelho todo o dia para ir para a faculdade.
Então eu senti os olhares de pena e desgosto caírem sobre mim.
Como se a cor disso ou daquilo definisse o tipo de pessoa que sou. E, francamente, sabemos que na faculdade todo mundo tem o rabo preso em alguma coisa.
As pessoas usam a palavra "puta" para impedir que fazemos algo, para nos proteger, quando a final, elas só ficam repetindo "Puta. Puta. Puta" porque, assim, acham que ficam imune a isso ou aquilo.
Os homens se esquecem que para serem os pegadores, precisam de mulheres. E eles tem medo dessas mulheres. O maior medo de um homem, além do chute no saco, é um par de chifres. E as supostas putas não se importam em correr atras da sua felicidade, sem ficar chorando por ai.
Uma das meninas que estava comigo, ficou até altas horas, esperando um amigo dela dar uma rapidinha, para que ela a veja ir embora sozinha, assim ele não teria como falar mal dela.
Então eu penso: por que, Senhor?
Quem é ele para dar carta de ingenuidade a alguém?
"Ah.. mas depois ele vai ficar falando mal..."
Dane-se!
Ele, pelo visto, não é nenhum santo, também.
Somos mulheres independentes, lavamos nossas calcinhas e tomamos nossas dps. Serei puta quando eu quiser. Não vai ser você, ou a cor da minha unha, que falará por mim.
Se eu quiser dar no primeiro encontro, darei. Se eu quiser casar virgem, casarei.
Não me inclua em seus esteriótipos.
E se você tem medo de mim, vá embora.

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Tenha dó

Poucas pessoas no mundo podem se dar ao luxo de serem convidadas para uma parceria em um blog. O meu mais novo grupo de amigas resolveu que para melhorar suas vidas precisam blogar. Até ai, eu achei muito bom o convite. Faz tempo que eu estou querendo me reunir com outros tipos de virgulístas, para aprimorar minhas técnicas e visões. E essas meninas são mais velhas, estão formando... com certeza devem ter mais experiência de vida.

Será?

Ficamos de decidir o nome do blog. É difícil, não temos um tema. Pretendemos falar de tudo e de todos. Até ai, normal. Tirando uma coisa: elas querem nomes muito dramáticos. Muito auto ajuda sabe?

Não me leve a mal, mas eu não consigo entender o tesão que as pessoas tem ultimamente pela depressão e tristeza. Ser feliz parece muito fácil e clichê, a moda é tentar contar os pulsos.

Outro dia eu conheci uma cara na Manifestação. Ambos éramos da organização. Em 3 minutos de conversa ele me contou a vida, e vendo que eu não me impressionava (desculpe, mas vida de merda eu ja tenho a minha, quer me marcar? Conta da sua infância na Europa) decidiu compartilhar o quão duro foi o momento em que largou da noiva e mergulhou em profunda depressão.

Olhei para ele. Ele queria lágrimas de tristeza? Jura? Tudo isso para se auto-aprovar? Ele tem orgulho do sofrimento? Eu entendi direito?

Se ele REALMENTE tivesse depressão, que é uma doença séria e não apenas adorno para personagens fracos, ele não falaria sobre isso com uma estranha. Ele se abriria com um amigo, um médico.

É muito drama, sente? Drama desnecessário. Pessoas que usam do drama para se satisfazerem me enojam. Agora a moda é se fazer de vítima? Ter dó é bunitim?


domingo, 5 de maio de 2013

Party Girl


É o termo que define o meu tipo de divertimento. Não gosto de passar o fim de semana vendo filme, ou na fazenda com a avó. Barzinho, só se for aquelas dançantes. Desde que fiz o meu primeiro RG falso e entrei em uma boate, descobri que lá era o lugar onde tudo podia acontecer. Claro que nunca tive um relacionamento sério saindo direto de um globo de luz... mas já tive aventuras.
Ser uma PartyGirl não consiste apenas em ir, beber e se perder entre as luzes coloridas. Tem toda uma preparação, um ritual.
Começa com a roupa. Você e seus amigos já decidiram que vão, então chega a hora de fuçar dentro do guarda-roupa. Qualquer guarda-roupa disponível serve. Seja pai, mãe, irmão. Mágicas acontecem. Onde saias viram blusas e um amarrar na camisa faz toda a diferença. Tudo é possível. Desde gritar freneticamente "Não vou mais, não tenho roupa" até sair correndo atrás de algo perfeito no último minuto.
Uma verdadeira PartyGirl sabe que a roupa faz toda a diferença. Você pode ter um estilo ou seguir o fluxo da moda, mas a questão é se sentir bem com o que está vestindo. Sabemos que a concorrência é grande e a  boa auto-estima é o voto de minerva, a divisão em uma festa boa ou ruim. O feitiço é, por exemplo, transformar a camiseta velha da faculdade em um abada, combiná-lo com uma saia de renda preta e o seu super salto, e ser paquerada por tantos quantos caras você quiser. E depois ficar com um só porque vocês conversaram em alemão.
Chega a hora de maquiagem, cabelo e unha. A autêntica PartyGirl tem a unha sempre pronta. Seja feita por ela ou por terceiros. Fora um dom sobrenatural em utilizar chapinha, secador e grampo. É aquele negócio, a prática leva a perfeição. E, a menos que você tenha um estúdio especializado em casa toda vez que for sair, tem que aprender a se virar. Porque a PartyGirl não é rica.No final, se realmente se identificar, vai ficar viciada em aprender coisas novas. Antes deu ganhar o meu kit de maquiagem aos meus 16 anos, mal sabia o que era um baton, depois virei mestre. Ter o material e o contato com as amigas, blog, youtube, é o ponto chave da situação. Só cuidado com a qualidade da maquiagem, pois ninguém quer parecer um panda no final da noite. Passar delineador ao invés de lápis evita isso.
Uma questão importantíssima é a locomoção. Seja carona, taxi, a pé, com os pais, amigos... é sempre bom estar antenado. Se você tiver um grupo de amigos que curti ficar o mesmo tanto que você em festa, então é tranquilo. Agora, se não... prevejo algumas ciladas a vista. Primeiro sempre temos a opção de ficar a pé e sozinhas. Depois as caronas com desconhecidos, ou com conhecidos, bêbados ou sóbrios.
Quando fui para a faculdade esse era o meu maior problema. Não tinha carro e meus amigos que possuíam tinham hábitos bem diferentes que eu em relação a baladas. As caronas combinadas nem sempre davam certo e eu acabava nem curtindo a festa com medo de ficar para traz.
A solução fui criar independência. Hoje trabalho com a premissa de que uma festa só é válida se eu consigo voltar apé dela. Ponto. "Ahh.. mas é na prainha". Dane-se! Se não tiver ônibus não vou. Fim de papo. Mesmo que ninguém queria voltar comigo, e isso é um problema eminente, sempre avalio as possibilidades. Tem vez que compensa esperar uma alma bondosa, outros mando tudo a merda e me vou.
No início, evitava ir de salto em uma balada, depois optei por levar um chinelo na bolsa. Essa última opção é a que esta dando mais certo até agora. Se estou cansada, coloco o chinelo e a festa continua.
Algo que me incomoda muito é a questão de ficar com um cara, só porque ele tem carro e pode levar você e suas amigas para casa. Uma coisa é por coincidência... mas sempre. Bom, vai contra os meus princípios. Apesar que algumas mulheres gostam de usar seu charme para esse tipo de coisa.
Banheiros, o terror de qualquer mulher em uma festa. Ou a fila é gigantesca, ou não tem papel, ou está horrivelmente sujo ou tudo ao mesmo tempo. Não há como mudar isso. Porém, ser esperta te dá um pouco de vantagem. Geralmente levo um pouco de papel higiênico na bolsa. Caso esqueça, e no começo da festa o banheiro estiver com papel, pego e guardo. A respeito de filas, evite começo e fim do show. E o cheiro, bom... nada é perfeito nessa vida, né?
Agora, para tirar as famosas fotos no espelho.. por favor, faça isso no começo da festa, enquanto o álcool não subiu e sua maquiagem está intacta.
Ir no banheiro é uma boa desculpa para se desvencilhar de quem quer que seja e dar uma paquerada no local. A respeito de paqueras, é bom deixar claro que o tipo de grupo que você for influencia. Se tiver homens, pode esquecer. Sua noite de pegação está furada. Principalmente se os marmanjos não saírem de perto de você. Lembra-se: um homem no meio de muitas mulheres pega mais do que uma mulher no meio de um bando de homem. Acho que para eles é tudo questão de território, coisa que o sexo masculino respeito, diferente da mulherada.
Eu já saí com apenas mais um amigo homem, e estabelecemos um esquema. Ficamos juntos até a hora em que resolvemos sair para pegar alguém. Geralmente ele pega alguém primeiro, seja sozinho ou com minha ajuda (o que é o mais comum), então ficamos os três juntos. Dançamos, damos risadas... aí é a minha vez... com a peguete dele, vou dar a famosa volta. Se paro em um lugar estratégico, e o meu amigo homem se aproxima achando que a situação terminou, dispenso ele com um sinal de mão. Chegamos juntos com um casal, é verdade, mas agimos como verdadeiros companheiros de balada, no final das contas.
Se optar por um grupo só de meninas, cuidado com o tamanho desse grupo. Muitas mulheres juntas intimidam demais, e a gente sabe que nunca sai boa coisa disso. O ideal são três. O cara vai conversar e as outras duas podem se fazer companhia.
Há dois motivos para sair em uma balada: se divertir ou ficar com alguém. Essa galera que sai para comentar das roupas e hábitos alheios, para mim, são fofoqueiros, invejosos infiltrados em um ambiente de diversão.
Enfim, escolher entre se divertir e ficar com alguém depende do seu estado de espírito. As vezes um compensa mais do que outro. Entretanto, pelo menos para mim, estados de espírito diferentes requer atitudes diferentes. Divertir, para mim, é dançar. Acontece que suar não é muito atraente, apesar da dança ser. É questão de escolha. Se quero pegar alguém, danço de uma maneira mais tranquila, observando.Olhos e cabelo são a chave no negócio. Se quero me divertir, extravasar... bom... no coments. Danço para mim, e o resto que se dane.
Bebida. É delicado. Tem pessoas que só se soltam depois de um drinque e outras tem pavor a isso. Essa também é uma questão de paz de espirito. Se quer cair de bêbado, ok. Só avise o seu carona e seus amigos pra cuidar de você. Planeje.
Pessoalmente, só bebo algo que eu goste do gosto. E ainda assim, bebo sem presa. Se sinto que está subindo e eu não estou na vibe de ficar locona, paro. Ponto final. Já passei baladas inteiras sem álcool. Foram boas, claro. Mas me cansei rápido demais. Ao passo que as regadas a álcool sempre rendem mais coisas, afinal, nenhuma boa história começa com "Um dia comi uma salada...". Não exagero não. Estar sóbrio te dar a vantagem de rir das cagadas alheias.
E acredite, uma boa festa open bar por render assunto por muito tempo.
Outra coisa que eu não estava acostumada era passar calor em festa. Na minha cidade, tudo era regado a ar-condicionado. Quando fui para a faculdade, isso mudou. Na primeira semana aprende que uma boa maria-chiquinha na bolsa, ou grampos, é a chave do sucesso.
Em toda a festa que eu fui, um elemento nunca faltava: maconha. Aprendi a reconhecer o cheiro dela só de senti-la por aí. Os maconheiros geralmente ficam em um canto da festa, em rodas, com o baseado passando de boca em boca. Eu não curto, apesar de ter amigos próximos que curtem. Evito ficar perto para não ter a famosa do de cabeça por ser fumante passivo. Algumas vezes isso não rola, e eu sou obrigada a conviver. Nunca me ofereceram nada. Tudo é questão de postura. Não fico curiosa e deixo claro a minha posição. Ninguém começa a fuma maconha porque o obrigaram ou forçaram, isso é uma decisão interna. Seja por aceitação ou curiosidade, os motivos não importa, o resultado é o mesmo.
Os maconheiros são como um grupinho secreto, você sabe que existe, mas se não estiver no meio e com malícia suficiente, não vai desconfiar de nada. Eles evitam o "dar pala". Uma pessoa "palosa" é aquela que fala para todo mundo que curte uma erva. Nenhum maconheiro de verdade gosta de dar pala. Porque é perigoso para ele. Maconha ainda não fui legalizada.
Por isso, muitas vezes, quando não fumam em festas ou show, eles fumam dentro de casa, com a janela fechada. O que é extremamente desconfortável se você se encontrar em uma situação dessa e simplesmente não curtir o barato.
E por fim, brigas. Brigas são diretamente proporcionais ao grau alcoólico e de inteligência. Não se pode evitar todas, mas o silêncio ajuda bem. Ficar quieto, fingir que não ouviu, deixar para lá, esse é o segredo. Evite amigos brigões ou mesmo aquela mulherada que insiste em paquerar homens alheios e vice versa. Todos sabem que elementos começam uma briga. Todos conseguimos evitá-las. As mulheres que frequentemente são assediadas de maneira incisiva, sejam diretas e mantenham a postura. Olhe e diga: "Não quero. Desculpe" e se vá. Se você não for, será interpretada como um charminho, aí não tem do que reclamar, né, minha filha. Uma simples virada de costas é suficiente.
Algumas pessoas, principalmente religiosos, dizem que o ambiente da balada é falso e pesado. Ao meu ver, tudo depende de como você vai e as energias que carrega. Sempre fui em baladas e sempre saí bem delas. Tenho o meu jeitinho de lidar com algumas situações e mando a merda muitas outras. Sou uma autêntica PartyGirl e não me envergonho disso. Tenho minhas manias, é claro. Sempre, antes de dormir, por mais cansada que esteja, tomo banho e lavo até a cabeça. Se fiquei com alguém então, escovo mais dentes como se isso valesse a minha vida. Pode até ser toque, mas é o jeito que eu me sinto bem. Ao ir, e ao voltar. E no fundo, todo mundo quer ser feliz.
 


quinta-feira, 2 de maio de 2013

Precisando me benzer

Estou ciente que na vida de uma mulher solteira sempre aparecem mais canalhas do que caras que possam valer a pena, mas.. por Deus... o índice de canalhisse está ultrapassando arranha-céus.
Antes, bastava um carinha ser legal, bonito e me querer que ele já era considerado bom o bastante para mim. Porém, agora, esses adjetivos estão ficando gastos. As pessoas estão mais bonitas e eu ficando mais confusa do que nunca.
Sempre acredite que se várias pessoas te tratam de uma maneira que você não gosta, então o problema é com você, baby. Porém, o que esperar de uma cena assim:
ele:_Vou na sua casa amanhã.
ela:_OK. A gente vê um filme. Aparece aqui as nove.

No dia seguinte, as 7:40.
ele:_Nossa, comi demais hoje. Estou sem carro.
ela:_Ah, normal. Feriadão.
ele:_É... mas não consigo nem andar, mal subi escada. Comi demais. Não dá para ir ai, não.
ela:_Se você não quer vir aqui, tudo bem. Mas inventam uma desculpa melhor.
ele:_Não é desculpa, Teoria.
ela:_Claro que não! ^^

Ai eu fico pensando, o que eu estou valendo, eim? Porque nem uma mentira decente o cretino teve o trabalho de inventar!
Miss Corações solitários esta certa.“O que a mulherada enfrenta é a epidemia do homem frouxo”
Frouxo e burro.
O que essa anta pensou? Que eu ficar de boa? Que é super normal isso acontecer?
Vá a merda!
Depois fica dando uma de bonzinho protetor. "Deixa eu dormir junto com você. A gente fica abraçadinho. Eu te protejo."
Protege o caralho! Filho de uma puta!
É verdade que eu não queria nada sério com você. Afinal, que perspectiva tem um caro que fuma um beck diariamente, esta no sétimo ano de faculdade, sem previsão de formatura, e não consegue passar um maldito fim de semana longe da mamãe?
Não estou nem pedindo a verdade, SÓ UMA PORRA DE UMA MENTIRA MELHOR!!

Homem é tudo cafajeste mesmo. Quando eu falo que nada vai acontecer, que não pretendo satisfazer nada de ninguém, primeiro me chamam de louca. Os mais honrados tem a decência de desaparecer depois de uma conversa séria. Agora uns ficam, e insistem.
Começam a falar que eu não encontrei a pessoa certa, que eu preciso me apaixonar. Ai esses mesmo, com essas conversinhas fiadas, ficam forçando uma situação, tudo em nome da paixão e do meu conforto, para eu me libertar dos meus medos. Quanta gentileza. Fico até impressionada com a bondade no mundo.
E depois me aparecem com uma dessas. Ou fazem com que eu me apaixone, e somem!

Ou pior!!! Porque pior que ex-namorado-pé-no-saco, é ex-ficante-pé-no-saco! Porque eu não tive nada sério com o maldito, só me apaixonei a toda. Uma paixonite autodestrutiva de um mês.
Então o pé-no-saco insiste em achar que eu ainda gosto dele, depois do tremendo pé na bunda que ele me deu. A gente se encontra em festa, e, ao invés do maldito me cumprimentar de longe... não! Ele vem, e vem me dando beijinho na bochecha e me abraçando. Se achando o dono do pedaço. Como se a gente fosse amigo.
Amigo o cacete! Não sou sua amiga! Nunca fui sua amiga! Nunca quis ser dua amiga! E não pretendo ser a sua MALDITA AMIGA!
Só não desejo a sua morte porque tenho dó do capeta!
E não feliz, o otário me abraça de novo!
Então eu viro, e digo:
_Tudo isso é saudade, é?
Porque, pra mim, se não for isso, é doença. Mas é claro que não é isso. A vida nunca é tão simples assim.
Ele quer dar uma de bom moço, se fazer de herói. Do tipo do cara que não faz mal a garota alguma. Que fica cumprimentando ex ficantes como se elas fossem amigas de infância.
Agora, o que o resto do mundo não sabe, é que, um dia, a gente estava tudo bem, e no outro, ele some. E sabe porque? Porque ele não teve a coragem de falar para mim que não queria mais porque ele precisa de um lugar para enfiar o pauzinho dele.
Epidemia do homem frouxo!

Eles falam que a gente é que é louca, histérica, insegura... mas, me desculpa, tem que ter muita paz de espírito pra aguentar tudo isso quieta.
Não sou uma dama e tenho dó de quem é.
Eles que me aguardem. Só não falei tudo isso pessoalmente por questão de oportunidade.
Mas Fortuna tem uma roda que sempre gira.
Até lá, eu vou atras de uma benzedeira.

Apesar que, do jeito que tá, é capaz dela me benzer com maconha! 
Melhor! Assim eu tenho história pra contar. 




domingo, 14 de abril de 2013

A maldição da benção

Em Brumas de Avalon, as sacerdotisas já diziam. A Deusa nunca deixa de atender um pedido, mas nem sempre as coisas acontecem como o esperado.
Em minhas orações á Deusa, eu pedi, com fé e fervor, algo que fizesse eu ter o poder de escolha com quando eu vou ficar com alguém. Uma arma de sedução capaz de atingir até o mais exigente dos caras. Algo com poderes certeiros.
Ela me atendeu.
O olhar.
Um simples fixar das pupilas em um número equilibrado de vezes faz o mais cético vir até mim.
Pois bem... e eu comecei a fazer jus a esse sortilégio tão poderoso.
Porém, o aviso das sacerdotisas nunca foi tão preciso.
Utilizando do meu feitiço, eu consigo o cara que eu quiser. Por uma noite.
Esse é o prazo.
E os efeitos colaterais são dúvidas infinitas a respeito do quando ele estava a fim de mim, ou se as coisas só aconteceram por que foram facilitadas. Uma falta imensa de alguém vir até você. A ausência de paixão ou comprometimento do outro envolvido.
Até aqueles em que o efeito passou de uma noite, não dava para sentir o algo mais. Eles eram movidos pela inércia e eu, pelo desespero para entender a situação. E modificá-la.
Quantas foram as vezes que o meu coração sangrou. Lágrimas envolvidas com a água do chuveiro para ninguém notar. Confianças fundadas em um castelo de areia.
Uma de minhas personagens já havia me avisado antes disso tudo. O pior dos sentimentos é a dúvida. O meu amor me ama mesmo ou só me quer por causa do meu feitiço?
E a benção se torna maldição.


domingo, 7 de abril de 2013

O sertão vai virar mar, e o mar vai virar sertão


Definitivamente , na minha vida, o mar vai virar sertão. Aquele sertão seco e sem vida. Sabe quando você presente uma seca enorme vindo em sua direção? Pois bem, estou com esse feelling.
Era meio obvio: a gente termina um relacionamento, quer algum braço amigo pra chamar de seu, mas ele não vem, pelo fato de você estar meio desesperada.
Disso eu sabia. Porém, Fortuna adora me pregar peças. E foi só a minha solterisse desabrochar que eu voltei a ser a garota que todos querem mais uma vez.
Entretanto, tudo passa.E nada me faz diferente para ser uma exceção a regra. Passou. E agora eu sei o quanto vai demorar para voltar.
Há três baladas que não pego ninguém. Não porque eu não quis, porque nem tentaram. Sejamos sinceros também, eu não sei bem o que eu quero. Receber uns xavecos faz mala ninguém.
Enfim, três semanas e os últimos lábios que me tocaram simplesmente sumiram no feriadão, e quando eu cansei de correr atrás deles, vieram com uma história de que quem mudou fui eu. Como se eu fosse a vilã, né?
Ai aconteceu todo o drama descrito no post abaixo.
Triste, eu sei.
Em resumo: vou ficar sem ter alguém por um bom tempo.
E porque eu ainda não cortei os pulsos?
Tudo passa. Eu só não sei as consequências para chegar até lá.

sábado, 30 de março de 2013

A mulher em mim

Os médicos e professores de biologia dizem que a adolescência é o momento que você mais se odeia. Nada esta bom. Você é gorda de mais, magra de menos, cabelos crespos desesperados. Tudo que esta em sua volta não se encaixa a você e sua vida se resume a reclamar da sua maldita genética.
Bom, nunca fui adolescente então.
Não que eu seja perfeita ou coisa do tipo, apenas não me considerava no meio desse drama todo. Porém, de uns tempos para cá, eu meio que estou me considerando uma deusa grega do Monte Olimpo. Humildades a parte, claro.
É estranho. Eu me tornei exatamente o que eu queria. Morro de vontade de falar onde eu estudo para algum desconhecido. Sei que estou acima do peso, mas eu chamo atenção, tenho presença.
No fundo, é o que eu sempre digo: "Se você esta bem, o mundo está bem."
_Ah, mas o mundo não gira em volta do seu umbigo.
_O meu gira, gato. E se você não está girando também, pode sair do meu mundo.
Simples assim, porque em relacionamentos, deu defeito, troca.
Parece crueldade né? Mas ficar em um relacionamento ruim não te faz ser feliz por completo e quanto termina, a dor é a mesma. Vai por mim.
E de verdade, estou me sentindo tao bem consigo mesma. Sinto um futuro promissor pela frente e um presente tão agitado e emocionante. Cheio de possibilidades.
Vou até confessar, tenho medo de me envolver com alguém, ou algo acontece, e essa minha animação simplesmente murche.
Sacanagem, eu sei. E as vezes parece que eu não me dou as oportunidades, mas é assim o meu pressentimento.
Por outro lado, fico puta quando não me ligam ou não me dão a atenção necessária.
Opostos, eu sei. Mas no fundo, somos isso mesmo. Meio opostos, meio iguais. Várias facetas que nos atraem e nos fazem ser assim, reais.




Obs: quanta besteira. Olha a vodka fazendo efeito já.



sexta-feira, 1 de março de 2013

Pai e mãe, ouro de mina.

"Se você for hoje, não vai sair amanhã"
"Mas pai, amanhã é sexta! "
Ele se manteve irredutível, e a menina ficou em casa.
Situação bem comum, pelo menos comigo. Entretanto, o peculiar é: a menina em questão não é mais menina. É uma mulher de 23 anos, formada, com seu trabalho e seu salário.
Mas e a independência dela?
Fiquei em choque quando me falaram o causo.
Na minha casa meus pais me proibiam quando eu era nova, não sabia as coisas da vida. Mas hoje, eu nem sou economicamente independente, eles já estão na fase de orientar, e não mandar. Eu ajo de acordo com o meu bom senso e a minha criação.
Saindo com os amigos do meu primo, descobri um mundo totalmente a parte do meu.
No meu mundo, pessoas de 23 anos não ficam em casa por que o pai proibiu. Eles brigam, xingam, pegam o carro e vão. Tem os seus pensamentos e opiniões e seguem isso. Muitas verdades dos meus pais, não são minhas. A gente se respeita, e tudo. Porém, no final, as decisões são minhas.
Quais os perigos de uma mulher de 23 anos sair para um barzinho? Se ela está em boa companhia, não é mais virgem, e não se coloca em situação de risco, qual o problema?
Ela ficar mal falada?
Por outro lado, eu fiquei pensando. Pais não querem nunca o nosso mal. Fazemos bem em ouvir o que eles tem a dizer.
Só que.... não seria um exagero?
Mas quem seria o exagerado?
Eu, com 18 anos, assim que fui para a faculdade morar fora, não tinha mais hora para voltar pra casa. Nunca fiz nenhuma besteira, é fato. Mas apenas não impunham limite no meu divertimento.
ou
Ela, 23 anos, ganhando o seu salário, formada, com a vida nos eixos. Nunca estudou fora, é verdade. Mas acho que também nunca fez besteira.

Quem está certo?
Até que ponto o respeito pelos pais deve afetar a nossa conduta? Qual é o limite para a criação? Quando os filhos caminham sozinhos sem afetar suas relações paternas?



quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Esmeraldas no cu

De verdade, não me acho uma pessoas exigente. Não discuto a relação na hora do jogo. Não tenho ciúmes da mãe ou do vídeo-game. Não estabeleço restrições às saídas. Sou tranquila. Agora a única coisa que eu peço, exijo, pré-requisito para uma convivência pacífica ao meu lado, é tratar-me bem. Tando amigos, parentes, colegas, namorados, paqueras em potencial...
O virgenzinho que inventou "Mulher gosta de ser mal tratada" não passa de um carente viciado em RPG. Eu terminei meu namoro porque o indivíduo não estava me tratando da maneira como eu merecia. Portanto, tenho plena consciência do meu valor.
Se os machos de plantão adotam tal tática pelo fato de que "Biscate é assim que se trata mesmo", um aviso: não sou biscate, e não pretendo ser comparada a uma. Se a puta que vocês pagam gosta de ser pisoteada, o problema não é meu. Além do mais, quem é você para julgar o caráter das pessoas?
Uma vez, meu amigo homem deixou uma reflexão no ar. Ele disse para nunca se humilhar a alguém. Duas pessoas que querem ficar juntas, fazem ambas, o possível para isso.
Hoje, quando vou conversar com alguém, e tal pessoa me trata com desdém eu simplesmente analiso o caso. Temos ambos as mesmas oportunidades, mesmas vontades e mesmos direitos civil, portanto, ao menos que ela tenha esmeraldas no cu, não vou ser humilhada por ela.

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Já deu!!!

Ai, gente, posso falar?
Chega, né?
Tudo mundo já teve a oportunidade de ficar traumatizado, chorar junto, etc.. e tal com a situação em Santa Maria.
Acho válido que as pessoas fiquem informadas. Até porque foi horrível.
Mas vamos combinar, os jovens morreram. Pronto. Acabou. Por mais cruel que isso possa parecer é a realidade. Um estado imutável.
Ficar propagando o sofrimento alheio é uma falta de respeito.
Essas correntes dramáticas de escritorizinhos baratos que só querem se aproveitar da situação para aparecer, junto com esses reportes filhos da puta ganhando dinheiro com um sensacionalismo cretino.
Parabenizo as campanhas no facebook para doação de sangue e voluntários. Acredito que a ajuda não seria tão eficiente sem a rede social.
Mas fica a dica para você, representando do meio comunicados : já deu! Acabou! Pare de assustar as pessoas e vá correr atrás de alguma noticia mais útil.
Tem tanta gente morrendo na África, bombas nucleares sendo projetadas, corrupção, desemprego... e ainda tem que continuar promovendo lágrimas desnecessárias?

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Pensamentos...

Madrugada é o momento da noite mais propício para análises. Eu estou tentando ingressar em um novo grupo de amigo. Ok. E como você bem sabe, mamãe passou mel em mim, e tem um lá que já demonstrou certo interesse. Ok. Vou chamá-lo de Feio. Não me leve a mal, acontece que as discussões a respeito das proporções do corpo do coitado não foram conclusivas.
Enfim, estava eu lá, cuidando da minha vida, e os meus "novos amigos" (os caras pertencentes ao novo grupo) estavam comentando a respeito de como é difícil arranjar alguém, e talz.
Mentalmente fiz uma lista das minhas amigas. Uma era baladeira demais. Outra muito religiosa. Uma lá namorava... achei!
A Biju! (vou chamá-la de Biju pelo fato de ser um nome bunitim... )
A Biju é perfeita. Corpão. Cabelo bom. Olhos verdes. Cowgirl. Faz medicina. Inteligente.
Pausei.
Se a Biju aparecer eu vou perder minhas chances com o Feio. Todos os caras do grupo, obvio, vão gamar nela.
Quase deletei o número da Biju no meu celular. Mas antes de confirmar com o SIM, me veio algo na cabeça.
"Pra quê se preocupar? O Feio sabe que não tem chances com ela mesmo ! "
Sorri.
E mandei uma mensagem na hora para ela.

Hoje, adentrando nas horas do tempo e deitada na macies do meu colchão, eu reflito : quem está com a auto-estima mais baixa? Eu ou o Feio?


domingo, 27 de janeiro de 2013

"Algumas pessoas são fadadas à solidão"

Quando eu namorava essa frase sempre ecoava na minha mente. Dramático, eu sei. Porém, antes deu namorar estava tão feliz com a minha solterísse que não conseguia imaginar por que estar com alguém era tão valorizado. Não que fosse ruim, mas não era essencial.
Algumas pessoas simplesmente não se adaptam à convivência com as outras. Pense bem: aquela velha maluca que vive cercada de gatos talvez ela seja mais feliz que eu e você. Gatos não falam sobre peso, não te julgam, e são bolas de pêlo fofíssimas.
"Ahhh, mas essa velha não tem ninguém que a ame! "
E daí? Ela tem os gatos, eles a deixam feliz. E quem disse que ter um parceiro é bom para tudo mundo?
Se as pessoas são diferentes, por que a maneira que as deixa feliz tem que ser a mesma?
Sabe, sou da seguinte opinião: não está fazendo mal ao ninguém ao seu redor e te deixa bem, porque censurar?
A solidão não é uma palavra pejorativa. Não é um estado de vida ruim. O exímio contentamento vem de dentro e deve ser cultivado com ações individuais, e porque não, egoístas.
Você é que faz o seu bem-estar. Você é quem decide. Quem escolhe ser ou não ser. Se a solidão te faz bem, qual é o problema?
Pode ser a solidão de amor, de parentes, de dinheiro, de opinião, de mundo... e daí?
Na igreja católica temos vários exemplos disso, alguns até bem estremos como as freiras carmelitas. Elas são proibidas de sair do convento ou manter contato com o mundo exterior. E quem vai dizer que isso é errado?
Aquela que ficou para a titia, ela vai viver em amargura pelo fato da sociedade impor um estilo de felicidade? Ou aquele viciado em trabalho? Ou um velhinho escritor?
Eles amam seu modo de viver. Dão risadas e choros. Por que olha-los com piedade?
Não devíamos demonstrar esse sentimento para o gay que se casa com uma mulher com medo de se assumir?
As pessoas estão muito ocupadas julgando. Esquecendo-se : nem tudo é o que parece.
Uma das melhores lições que eu aprendi com as minhas vírgulas é que as personagens tem segredos e conflito internos cujo nem as pessoas mais próximas são capazes de entender. Por isso, algumas atitudes inviáveis são feitas.
Cabe a nós, pessoas de fora, não julgar, pois não somos habilitados à isso. Afinal, quantos segredos cabem no coração?

sábado, 26 de janeiro de 2013

Cuidado, é cor rosa choque !

Possuo imensas filosofias de vida. Eu sigo algumas alheias também. Porém, gosto da razão. Sempre fez parte da minha vida, até em coisas importantes. Deus, para uns, os toca pelas emoções; em mim, foi pelos pensamentos, inteligência.
Eu passei por muita coisa na vida. Não que essa história merece um filme indicado ao Oscar, mas deve ser analisada, da mesma maneira que os contos da vovó.
Na faculdade, em especial, passei a mudar a minha visão de mundo. Antes era tudo bem claro, preto no branco. Se você fizesse isso, era biscate, se não fizesse, não era. Envergonhosamente, eu era cheia de preconceitos.
Felizmente, somos mutáveis.
Hoje, minha teoria é : A pessoa tem que se assumir. Ponto.
Reflita, pense, sinta e depois viva para o mundo.
Não importa o que você é, desde que seja assim sempre. Tanto em baladas como em cultos religiosos. Claro que somos mutáveis, porém cada alteração significativa tem que coexistir com o resto do seu ser e habitat.
Possuo um milhão de tipos de amigos, e nem por isso eu bebo em festas ou fico falando de fé pelos cantos. Sou o que sou. Convivo com as diferenças e aprendo com elas. Absorver as ideias alheias é uma forma de crescer.
Seja feliz. Ninguém busca a tristeza e angústia. Nenhum panteão quer isso como adoração.