Duas frases rodearam a minha cabeça nessas últimas semanas. A primeira é de Gandhi e diz algo parecido com "Não se combate violência com violência, assim como não se combate fogo com fogo." E a segunda eu vi em um status de Facebook, bem em clima de autoajuda, dizendo: "Você pode se afastar das pessoas que te fazem mal, mesmo que elas forem da sua família". Essas citações culminaram-me, afinal, elas dizem que você pode desistir, se quiser, mas se não quiser, terá que mudar o jeito como está tratando as coisas.
Eu pensei muito no caso e cheguei a conclusão de que não concorda com a oração nº 2. Não se abandona, não se vira as costas quando te pedem ajuda, não finge que não viu quando gritam por socorro na areia movediça, especialmente as pessoas que você se importa.
Para as pessoas que você se importa, você se agarra ao galho mais forte e firme que encontrar, mesmo que for só um graveto e tiver mal grudado na árvore. Você agarra no graveto com uma mão e estende a outra, alongando o máximo que você puder. Pois é isso que você tem: um graveto e braços curtos.
Você também não está bem preso, sente o balancear da árvore. O graveto está quase quebrando. Sabe que ambos podem cair e serem engolidos pela areia faminta. Porém você não tem escolha. Não quer ter escolha.
E se o graveto não aguentar? Então pegamos uma semente e a plantamos, cultivando-a pacientemente até que ela seja capaz de salvar quem deve ser salvo, ou mesmo que ela te dê alimento para o resgate.
E isso é amor.
Amor puro e incondicional.
Você também não está bem. Você tem medo. Medo da areia e medo da pessoa que está para ser resgatada.
Não importa. Pois mesmo aquela pessoa tem xingando de "Puta. Vadia. Vagabunda." você quer olhar no fundo dos olhos dela e falar que a ama. Quer segurá-la em seus braços e dizer: "Pronto. Acabou. Estou aqui."
Mas e se essa pessoa não corresponder? E se ela fugir?
Então prepare seu tênis de corrida. Você vai ter que resgatá-la.
Qualquer coisa menos, não é amor. É outro fato, muito menos poderoso.
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domingo, 5 de março de 2017
domingo, 15 de maio de 2016
Vida de Formada
Quando eu ainda cursava a faculdade e chorava desesperadamente pela dependência que peguei pelo 0,1 na média, eu achava que ao formar a minha vida estaria feita. O mundo me abraçaria e o cara lá do Facebook, o Mark, ia se curvar a mim dizendo que sou mesmo um ser superior.
Porém, todavia, entretanto, agora, formada, eu tenho o que mais tinha falta, tempo. Não um tempo bom, daqueles pra descansar, mas um regado da "nadas pra fazer" e "tédio de doer". O pior de ter muito tempo é não ter vontade de fazer nada. E nem ideias para mudar isso. É aquela velha história, quanto mais você se propõe a fazer, mais você faz, e o contrário também é válido.
Sinto saudade daquela época em que eu nem conseguiu tomar banho direito ou na lavar as minhas calcinhas e tinha que usá-las do avesso. Aquele sentimento de apesar de você estar só o bagaço da laranja fez tanta coisa útil e produtiva. É que chega uma hora que só séries e livros não te sustentam mais. Você quer criar as suas próprias histórias.
Mas você se depara com um nada tão grande e profundo. Você sabe que é a única capaz de mudar isso. Só não sabe por onde começar.
Fiz um balanço da minha vida, e essas férias indeterminadas estão acabando comigo. Antes eu me sentia tão especial, tão promissora, hoje sou apenas mais uma na multidão, incapaz de usar tudo que aprendi e batalhei. Meu anel de formatura, que levo como souvenir, lembra-me de quem eu fui, de tudo que passei.
Eu não quero que apenas ele seja o elo entre mim e a pessoa que sempre gostei de ser. Quero algo mais. Eu ainda sou tudo que sempre fui. Só não sei muito bem o que fazer com isso.
Formar não é um mar de rosas. Aliás, é como pisar na merda e abrir os dedos. Não o desencorajo a começar e terminar uma faculdade, só estou mostrando que você pode ficar na merda, e talvez até fique. Entretanto, se não fosse pela base universitária que tive, as minhas esperanças de sair dessa "situação" seriam bem menores. Afinal, a Vida é uma puta velha invejosa. Ela não vai te dar as coisas facilmente. Você vai ter que lutar, mesmo que for só com a sua preguiça, ou com o mapa da sua vida.
quarta-feira, 16 de setembro de 2015
Piscianos
Para um pisciano, a pior coisa do mundo é não poder sair da realidade, não ter um mundo só seu onde as cores são mais vivas e todos os dias se dorme com o barulho da chuva. Não é apenas o desejo de querer fugir de tudo, é o desejo de ter um lugar para recarregar.
Lugar este no fundo de um livro, numa sensação, numa música relaxante. E quando o pisciano se vê frente a frente com a realidade, ele simplesmente não consegue encará-la, não sem antes passear junto às fadas para que elas lhe deem conselhos mágicos.
É interessante essa relação que os nascidos em peixes tem o universo. Eles são transcendentais, e sua estada na Terra já os cansa, de tal modo a precisarem dar uma volta rápida para uma atmosfera mais etérea.
Um ser sensível como ele, deve sempre estar em contato com energias boas, envolta a coisas místicas. É assim que se sente bem. Não a toa é sonhador, o faz por necessidade.
Quando falavam essas coisas do meu signo, eu nunca acreditei. Porém, mesmo quando criança, criava uma sociedade inteira dentro de mim, com amigos imaginários e personagens que cresciam e amadureciam.
Acreditava piamente ter poderes mágicos, ser uma bruxa escondida no meio de gerações de humanos. Até hoje acho que sou. Mesmo que essa magia tenha se esvairado com as durezas da vida, sinto que só preciso de uma varinha de condão, ou mesmo um pedaço de galho velho, para a vida voltar aos eixos.
É estranho, de uma hora pra outra, se deparar com uma veracidade tão dificultosa. Livros não me fazem mergulhar mais em suas páginas. Filmes e séries arrecadam um sentimento de inutilidade. Não quero mais receber as imaginações dos outros, quero criar as minhas. Mas com que inspirações?
Quando uma onde de depressão atinge você, como tantas outras vezes aconteceram, precisa se armar, de maneira eficiente, que não se canse de carregá-las.
Hoje, na minha vida, sinto um quê de tristeza muito grande. E as vezes nem tem um motivo concreto. O simples fato do meu mundo mágico estar interditado para obras me incomoda.
Se você tem um amigo de peixes, vai perceber que eles gostam de reclamar muito, contudo, ele só reclamará com você se forem muito íntimos. Peixes não confia em qualquer um, e antes de fazê-lo, se for fazê-lo, passa uma imagem completamente oposta, com um envoltório muito mais bonito e belo.
Na cabeça dele, o mundo quer vê-lo assim, e não são todos que tem tempo para suas angústia.
Mas o pisciano se arrepende também em confiar demais em alguém, afinal, esse pessoa não mais o admira tanto.
No fundo, ele espera algo sem julgamento. Alguém que absorva os seus murmúrios, sem diminuí-lo ou usar contra.
E se você realmente quiser ajudar um pisciano, faça uma toca de coelho e diga a ele que ali morou uma comunidade inteira de gnomos encantados e deixe-o lá por algumas horas. Pronto. Ele está curado.
segunda-feira, 28 de outubro de 2013
A pausa
Sabe aqueles dias que você caminha pelas ruas com a cabeça cheia de ideias? Que na hora do seu banho todas as soluções e comentários aparecem? E quando coloca a cabeça no travesseiro o mundo parece submeter a sua mente e a imaginação se torna tão possível?
Pois é, eu sei. E sei também que esses pensamentos tentem a fugir quando eu ligo o meu computador e aperto o botão de "Nova Postagem".
Olho para a tela branca, tentando relembrar os mirabolantes textos pensando anteriormente. Nada. Escrever é bom. Mas escrever com vontade é ainda melhor.
Você fica o dia todo pensando no que falar e quando chega a hora vem uma mistura de sensações. As coisas saem naturalmente, flui. As metáforas ficam boas, as palavras são bens colocadas e a transição de temas é incrível.
No final, temos o trabalho perfeito. Um orgulho pra mostrar para todo mundo.
Só que as Musas da Inspiração são cruéis com seus pobres seguidores. Mostram um pouquinho de suas belezas e depois se encondem por entre o esquecimento.
Malvadas.
Nessas horas não adianta gritar com elas.
São mulheres mimadas. Quanto mais se esperneiam, mais fazem questão de te atazanar.
O que fazer? Nada.
Logo elas se cansam de brincar e voltam a te inspirar.
segunda-feira, 16 de setembro de 2013
Felicidade Móvel
Observar as pessoas em sua volta é um exercício muito interessante, principalmente se for algo que traduza o seu eu de dentro para fora. Eu acredito fielmente que o corpo fala e ainda com a mesma linguagem. Um sorriso é algo bom para mim ou para um esquimó.
Nessa semana, o meu dispositivo móvel vibrou mais do que a Mulher Melancia. Mensagens, whats up, Facebook, ligações... todas esperadas com carinho, e recebidas com um sorriso, uma risada de canto de boca.
Então eu parei de olhar para mim e comecei a me refletir nas atitudes dos outros. Quando passarinhos assobiaram anunciam a mensagem, eu vi um cara parar o seu treino de academia, pegar o celular, ler e abrir o sorriso mais lindo do mundo. Lindo porque parecia o meu. Lindo porque também participavam os brilhos nos olhos.
Quase que eu peço para ele me deixar ver a mensagem também.
As opções passaram voando pela minha cabeça. Amigos, paqueras, namorada, família. No fundo, eu sabia que era algo relacionado a paixões.
São as paixões as responsáveis por brilhos nos olhos, por paradas bruscas de exercícios. Elas é que movem o mundo. Seja com Helena de Tróia, ou dando fama a dramaturgos Sheakesperianos. Levam nas nuvens, e as vezes te derrubam de lá.
Indo para a faculdade, eu presenciei um término. Uma dor no peito.
"Você fica chorando ai, amor, e eu fico chorando aqui. Eu não consigo mais.A gente não merece sofrer tanto."
A gente tem medo e sofrer, e esquece de sorrir. De simplesmente ir. Estranho.
Um dispositivo móvel traz tudo de longe pra você.
Se existisse um aplicativo capaz de fotografar as emoções feitas em cima de um celular, coisa sem pretexto, natural, igual aquela que localiza sorriso, quais seriam as fotos de mim que ele tiraria?
quarta-feira, 28 de agosto de 2013
Puta puta puta
Quando meu primo era mais novo, uns dois aninhos mais ou menos, o meu tio o levou para passear de carro. Uma moto ultrapassou de maneira errada e meu tio gritou:
_Seu filho da puta!
A partir disso, meu primo começou a repetir "Puta. Puta. Puta." Era fato que não sabia o que significava essa palavra, mas achava engraçado o jeito horrorizado que as pessoas olhavam para ele e a maneira como repreendiam o meu tio. Se alguém dizia algo, ele interrompia com uma gargalhada gostosa de criança.
Hoje em dia, comparando as ações das pessoas, eu digo que elas não são tão diferentes do meu priminho. Elas falam puta sem se preocupar de que isso não define caráter. Falam puta para se defenderem.
Fui a um churrasco da faculdade. Apenas unespianos lá. Ou seja, o vestibular selecionou um pouco o QI dos convidados. Conversando, um deles virou horrorizado para as minhas unhas.
_Esse esmalte é vermelho de puta!
E um outro completou:
_Isso e passar batom vermelho também!
Eu parei.
_Passo batom vermelho todo o dia para ir para a faculdade.
Então eu senti os olhares de pena e desgosto caírem sobre mim.
Como se a cor disso ou daquilo definisse o tipo de pessoa que sou. E, francamente, sabemos que na faculdade todo mundo tem o rabo preso em alguma coisa.
As pessoas usam a palavra "puta" para impedir que fazemos algo, para nos proteger, quando a final, elas só ficam repetindo "Puta. Puta. Puta" porque, assim, acham que ficam imune a isso ou aquilo.
Os homens se esquecem que para serem os pegadores, precisam de mulheres. E eles tem medo dessas mulheres. O maior medo de um homem, além do chute no saco, é um par de chifres. E as supostas putas não se importam em correr atras da sua felicidade, sem ficar chorando por ai.
Uma das meninas que estava comigo, ficou até altas horas, esperando um amigo dela dar uma rapidinha, para que ela a veja ir embora sozinha, assim ele não teria como falar mal dela.
Então eu penso: por que, Senhor?
Quem é ele para dar carta de ingenuidade a alguém?
"Ah.. mas depois ele vai ficar falando mal..."
Dane-se!
Ele, pelo visto, não é nenhum santo, também.
Somos mulheres independentes, lavamos nossas calcinhas e tomamos nossas dps. Serei puta quando eu quiser. Não vai ser você, ou a cor da minha unha, que falará por mim.
Se eu quiser dar no primeiro encontro, darei. Se eu quiser casar virgem, casarei.
Não me inclua em seus esteriótipos.
E se você tem medo de mim, vá embora.
_Seu filho da puta!
A partir disso, meu primo começou a repetir "Puta. Puta. Puta." Era fato que não sabia o que significava essa palavra, mas achava engraçado o jeito horrorizado que as pessoas olhavam para ele e a maneira como repreendiam o meu tio. Se alguém dizia algo, ele interrompia com uma gargalhada gostosa de criança.
Hoje em dia, comparando as ações das pessoas, eu digo que elas não são tão diferentes do meu priminho. Elas falam puta sem se preocupar de que isso não define caráter. Falam puta para se defenderem.
Fui a um churrasco da faculdade. Apenas unespianos lá. Ou seja, o vestibular selecionou um pouco o QI dos convidados. Conversando, um deles virou horrorizado para as minhas unhas.
_Esse esmalte é vermelho de puta!
E um outro completou:
_Isso e passar batom vermelho também!
Eu parei.
_Passo batom vermelho todo o dia para ir para a faculdade.
Então eu senti os olhares de pena e desgosto caírem sobre mim.
Como se a cor disso ou daquilo definisse o tipo de pessoa que sou. E, francamente, sabemos que na faculdade todo mundo tem o rabo preso em alguma coisa.
As pessoas usam a palavra "puta" para impedir que fazemos algo, para nos proteger, quando a final, elas só ficam repetindo "Puta. Puta. Puta" porque, assim, acham que ficam imune a isso ou aquilo.
Os homens se esquecem que para serem os pegadores, precisam de mulheres. E eles tem medo dessas mulheres. O maior medo de um homem, além do chute no saco, é um par de chifres. E as supostas putas não se importam em correr atras da sua felicidade, sem ficar chorando por ai.
Uma das meninas que estava comigo, ficou até altas horas, esperando um amigo dela dar uma rapidinha, para que ela a veja ir embora sozinha, assim ele não teria como falar mal dela.
Então eu penso: por que, Senhor?
Quem é ele para dar carta de ingenuidade a alguém?
"Ah.. mas depois ele vai ficar falando mal..."
Dane-se!
Ele, pelo visto, não é nenhum santo, também.
Somos mulheres independentes, lavamos nossas calcinhas e tomamos nossas dps. Serei puta quando eu quiser. Não vai ser você, ou a cor da minha unha, que falará por mim.
Se eu quiser dar no primeiro encontro, darei. Se eu quiser casar virgem, casarei.
Não me inclua em seus esteriótipos.
E se você tem medo de mim, vá embora.
domingo, 7 de julho de 2013
Traição é Traição
Confiar na pessoas, para mim, é difícil. Não que eu ou elas sejamos falsas uma com as outras, apenas tenho dificuldade no encaixe de ideias. Sou sensível a respeito disso. Quando realmente considerar alguém um BFF, acredite, será.
E para ser melhores amigos eu não exijo muito. O básico, entende? Compartilhar segredos, guardar segredos, dar opiniões sinceras.
Ontem, em meio a uma reunião íntima com dois amigos, me perguntaram se eu já havia amado de verdade. Parei.
"Só platonicamente. O Zé." -e troquei um olhar de lembrança para a minha amiga. Amiga na qual participou fielmente dos acontecimentos e desastres a respeito deste Zé. Amiga que me aconselhou e que nos apresentou. Amiga presente nas dores e conquistas.
Então essa amiga, lembrando do passado de menina, disse:
"Eu tive dois...
"O Danilo" -acrescentei triunfante da nossa intimidade.
"Sim, e o Zé." -arregalei os olhos. O meu Zé? Sim, o meu Zé. "Mas não foi bem assim, ele gostava de mim e talz. Isso foi na quarta série."
O Zé, comigo, foi na oitava. Nessa época eu e ela já éramos amigas a dois anos. E só descubro agora, depois de 10 anos, quando ela deixa escapar em uma conversa despretensiosa.
Traição é traição.
Não traição do tipo deles terem algo, mas traição do tipo dela não me contar. Dela ficar ouvindo as minhas lamúrias e ficar pensando "Na minha época...". Traição de esconder algo tão importante na minha vida. Não confiar em mim. Traição do universo também, por não deixar que a minha primeira paixão de verdade seja algo só meu. Preciso dividir até isso?
A vida é uma caixinha de surpresas. Uma pandora safada.
Fiquei totalmente sem chão com isso. Pode parecer pouco, mas para mim, não é. Isso e mais um monte de outras coisas. Amizade é você querer compartilhar a sua vida com alguém, é ter um base sincera te esperando. Agora se for cheia de receios...
Fiquei magoada, sim. Senti que fui feita de boba. Que, como sempre, fui a garotinha ingênua e manipulável. Como se ela fosse a mãe das minhas ações, fosse a víbora que sabe a verdade mas não quer falar.
E não falar para uma estranha, mas para alguém próximo de você. A família que você escolheu.
domingo, 16 de junho de 2013
Chove chuva chove
Não acredito que tenha nada mais inspirador do que um dia de chuva. Desde menininha, quando as gostas começavam a cair, eu ficava na janela de casa. Sentia o cheiro molhado. Olhava para as nuvens. Fechava os olhos e de repente uma aure boa e mística surgia em mim.
Não sei o significado da chuva, ou do por que dessa atmosfera boa, mas sei que é mais do que uma simples melhoria no ambiente. É como se fôssemos abençoados. Como se as energias ruins saíssem de nós.
O mundo é estranho o bastante para permitir tais coisas. Tais magnetismos. Tais sensações.
Sempre fui romântica. E logo quando comecei a praticar tais aventuras, sempre fui de imaginar.
Deitava na cama, e inventava mil coisas, mil fantasias. Escrevia minhas vírgulas cheia de suspiros e com o coração acelerado, ansioso.
Então eu comecei a perceber que quase tudo que eu escrevi se tornava realidade, de um jeito, ou de outro. Não estou dizendo que fadinhas vinham me visitar a noite, estou falando dos caras, das paixões, dos anseios.
No meu primeiro livro, escrevi um personagem. Ele era meigo, legal, e sempre estava perto, ou abraçando, ou beijando, ou dando aquela pala de que amava a protagonista. No ano seguinte, o meu primeiro amor real aconteceu dessa maneira.
E vieram muitos outros. Mas há medida que meus livros viraram contos e meus romances reais foram perdendo a graça, esse meu poder mágico foi diminuindo.
As vezes, sem pretensão, algo me vem a mente, e esse algo sempre acontece. Seja sobre um pensamento de alguém, ou uma vontade de sair de casa, porque, vai que.. ?
E o vai que acontece.
Anos mais tarde veio a explosão do Segredo. Então eu soube que o mundo era cheio de mistérios mesmo, e eu já estava envolvida com isso sem perceber. Uma coisa dentro de mim, uma vozinha.
Eu acredito, fielmente, de que não existem coincidências. Se duas pessoas saem sem destino e se encontram, é por que suas energias estavam conectadas.
Um pensava no outro. Mesmo no sem querer. Mesmo no vai que.
Para mim, um encontro ao acaso, ou uma sequência deles, é mais do que prova suficiente para ficar alerta e abrir o coração para essas energias.
Posso ser cética em muitas coisa, mas no poder do universo sobre nós, não. Somos o que pensamos.
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