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domingo, 15 de maio de 2016

Vida de Formada

 
Quando eu ainda cursava a faculdade e chorava desesperadamente pela dependência que peguei pelo 0,1 na média, eu achava que ao formar a minha vida estaria feita. O mundo me abraçaria e o cara lá do Facebook, o Mark, ia se curvar a mim dizendo que sou mesmo um ser superior.
  Porém, todavia, entretanto, agora, formada, eu tenho o que mais tinha falta, tempo. Não um tempo bom, daqueles pra descansar, mas um regado da "nadas pra fazer" e "tédio de doer". O pior de ter muito tempo é não ter vontade de fazer nada. E nem ideias para mudar isso. É aquela velha história, quanto mais você se propõe a fazer, mais você faz, e o contrário também é válido.
  Sinto saudade daquela época em que eu nem conseguiu tomar banho direito ou na lavar as minhas calcinhas e tinha que usá-las do avesso. Aquele sentimento de apesar de você estar só o bagaço da laranja fez tanta coisa útil e produtiva. É que chega uma hora que só séries e livros não te sustentam mais. Você quer criar as suas próprias histórias.
  Mas você se depara com um nada tão grande e profundo. Você sabe que é a única capaz de mudar isso. Só não sabe por onde começar.
  Fiz um balanço da minha vida, e essas férias indeterminadas estão acabando comigo. Antes eu me sentia tão especial, tão promissora, hoje sou apenas mais uma na multidão, incapaz de usar tudo que aprendi e batalhei. Meu anel de formatura, que levo como souvenir, lembra-me de quem eu fui, de tudo que passei.
  Eu não quero que apenas ele seja o elo entre mim e a pessoa que sempre gostei de ser. Quero algo mais. Eu ainda sou tudo que sempre fui. Só não sei muito bem o que fazer com isso.
  Formar não é um mar de rosas. Aliás, é como pisar na merda e abrir os dedos. Não o desencorajo a começar e terminar uma faculdade, só estou mostrando que você pode ficar na merda, e talvez até fique. Entretanto, se não fosse pela base universitária que tive, as minhas esperanças de sair dessa "situação" seriam bem menores. Afinal, a Vida é uma puta velha invejosa. Ela não vai te dar as coisas facilmente. Você vai ter que lutar, mesmo que for só com a sua preguiça, ou com o mapa da sua vida.

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Piscianos


Para um pisciano, a pior coisa do mundo é não poder sair da realidade, não ter um mundo só seu onde as cores são mais vivas e todos os dias se dorme com o barulho da chuva. Não é apenas o desejo de querer fugir de tudo, é o desejo de ter um lugar para recarregar.
Lugar este no fundo de um livro, numa sensação, numa música relaxante. E quando o pisciano se vê frente a frente com a realidade, ele simplesmente não consegue encará-la, não sem antes passear junto às fadas para que elas lhe deem conselhos mágicos.
É interessante essa relação que os nascidos em peixes tem o universo. Eles são transcendentais, e sua estada na Terra já os cansa, de tal modo a precisarem dar uma volta rápida para uma atmosfera mais etérea.
Um ser sensível como ele, deve sempre estar em contato com energias boas, envolta a coisas místicas. É assim que se sente bem. Não a toa é sonhador, o faz por necessidade.
Quando falavam essas coisas do meu signo, eu nunca acreditei. Porém, mesmo quando criança, criava uma sociedade inteira dentro de mim, com amigos imaginários e personagens que cresciam e amadureciam.
Acreditava piamente ter poderes mágicos, ser uma bruxa escondida no meio de gerações de humanos. Até hoje acho que sou. Mesmo que essa magia tenha se esvairado com as durezas da vida, sinto que só preciso de uma varinha de condão, ou mesmo um pedaço de galho velho, para a vida voltar aos eixos.
É estranho, de uma hora pra outra, se deparar com uma veracidade tão dificultosa. Livros não me fazem mergulhar mais em suas páginas. Filmes e séries arrecadam um sentimento de inutilidade. Não quero mais receber as imaginações dos outros, quero criar as minhas. Mas com que inspirações?
Quando uma onde de depressão atinge você, como tantas outras vezes aconteceram, precisa se armar, de maneira eficiente, que não se canse de carregá-las.
Hoje, na minha vida, sinto um quê de tristeza muito grande. E as vezes nem tem um motivo concreto. O simples fato do meu mundo mágico estar interditado para obras me incomoda.
Se você tem um amigo de peixes, vai perceber que eles gostam de reclamar muito, contudo, ele só reclamará com você se forem muito íntimos. Peixes não confia em qualquer um, e antes de fazê-lo, se for fazê-lo, passa uma imagem completamente oposta, com um envoltório muito mais bonito e belo.
Na cabeça dele, o mundo quer vê-lo assim, e não são todos que tem tempo para suas angústia.
Mas o pisciano se arrepende também em confiar demais em alguém, afinal, esse pessoa não mais o admira tanto.
No fundo, ele espera algo sem julgamento. Alguém que absorva os seus murmúrios, sem diminuí-lo ou usar contra.
E se você realmente quiser ajudar um pisciano, faça uma toca de coelho e diga a ele que ali morou uma comunidade inteira de gnomos encantados e deixe-o lá por algumas horas. Pronto. Ele está curado.


domingo, 5 de janeiro de 2014

R$ 22,50

O tédio tomou conta de mim e fui dar uma volta no shopping. Sozinha, pra variar. O bom de ser introspectiva é se divertir na total ausência de vida humana. Claro que eles estavam ali, só não prestavam atenção em mim.
Parei em um desses quiosques que vendem chocolate e me propus a comprar um. Procurando o meu escolhido, deparei-me com uma situação traumatizante.
"Chocolate açucarado. R$22,50 a cada 100g"
Fitei aquela placa com um ar de retardadisse por um tempo. Utilizei todos os meus estudos matemáticos para chegar e rechegar ao resultado.
Não acreditando na veracidade dos meus cálculo, perguntei pra atendente.
"Moça, esse preço está certo mesmo? São 225,00 reais o quilo desse bombom?"
"Sim, sim." -ela me olhou sorrindo -"Vai querer levar?"
"Não, obrigada. Prefiro evitar a falência."
Ainda bem, repito, ainda bem, que sou uma pessoa calma e equilibrada. Por que se fosse qualquer um com pouquinho mais de vontade de lutar contra as injustiças do mundo, teria colocado fogo naquele quiosque, junto com seus clientes.
Eu fico pensando que tipo de pessoa acorda e tem como plano de vida gastar 225,00 reais em um quilo de chocolate. Ou melhor, quem é o cara que fez um chocolate nesse preço?
O pior que o lugar estava cheio!
Juro, depois dessa, não tenho mais fé na humanidade.

Marcos de passagem - Amor

Nos romances em filmes, o mocinho, geralmente, descobre que ama a mocinha logo nas primeiras cenas. A partir daí, os telespectadores só ficam esperando pra ver mesmo se vai dar certo.

Na vida, pra mim, não é assim. Existem certas etapas que passamos para encontrar a nossa atual alma gêmea. Não sei se é para todo mundo. E nem sei se vai continuar sendo pra mim.

Porém, dentre esse desenrolar da história, os marcos de passagens levam, naturalmente, o relacionamento para um nível superior.

Como aquelas frutinhas do Mário que a gente tem que pegar para manter o jogo salvo e continuar a jornada.

Essas frutinhas, pra mim, não é o pedido, ou aliança, ou primeiro beijo. Isso foram clichês adotados pelos cineastas e escritores para simbolizar essa percepção. Não acontece sempre igual. O momento em que os personagens dizem "eu te amo" é glorificado no filme, entretanto, no enredo sem roteiro, pode passar despercebido.

Ou ainda melhor. Pode ser dito sem palavras. Sem jantar a luz de velas. Sem dias comemorativos. É no meio de uma festa black-tie ou com aquele pijama velho.

Um dos meus marcos de passagens prediletos e mais conclusivos, é o olhar apaixonado. Mas eu não estou falando daquela coisa ridicularizada que a gente vê por ai, com direito e baba e tropeções. Falo de quando vocês estão juntos, conversando, e os olhos dele mostram o quanto ele gosta de ficar com você. O quanto ele quer cuidar de você.

Então uma vozinha, no fundo da sua mente, confirma o "eu te amo" e o seu coração sorri enquanto tranca, a sete chaves, pra nunca mais escapar, o sentimento certo.

O outro, é seguido pela pergunta "Como você está?". Pode vir de um estranho ou ser meramente formalidades brasileiras, contudo, a ficha cai. E no seu balanço vitalício, o saldo é positivo. E ele fica assim, porque está completa com seu parceiro. É um respiro e você percebe o quão privilegiada é, o quão saudável.

As frutinhas do Mário aparecem de vez em quando no caminho, mas o importante não é só pegar. É formar palavras. E solte-as onde quiser. Mostre ao mundo.

Agora, dica de amiga: guarde-as. Apenas diga pra uma pessoa. Aquela. Afinal, essas palavras são só dela mesmo. Ela é a única que as cuidará com carinho.






quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Ogrinhos

Quando eu era pequena e via os príncipes corajosos nos desenhos da Disney eu sempre imaginei que o meu Sr. Certo seria assim. Então a gente cresce e percebe que nenhum são príncipes, e a maioria é Shrek. Porém, até o ogro verde tem coragem. Ele enfrentou um dragão, a família dela e de quebra o burro. E estão com três filhos pra cuidar!
Ele pode até estar com medo, mas não exitou em cumprir os seus objetivos. Não ficou marcando compromissos para adiar a sua missão. E nem se escondendo atrás dos amigos. Os amigos os apoiaram, mas foi ele sozinho que conquistou a princesa.
Os ogros de hoje em dia se esqueceram de crescer. Ou será que são as ogras que estão velhas demais?
O fato é que ogras querem a disponibilidade deles. Querem ligar e não dependerem de ninguém. Querem um companheiro para os banhos relaxantes no pântanos. Querem que eles tenham idéias para o jantar e apareçam com algo novo de vez em quando.Querem presentes com significado. E não algo que estavam precisando e tinha que acontecer.
Novidade seria um bom pedido. Até nas falas ao pé do ouvido a mesma coisa cansa, né? E dica, quando a ogra preguntar como foi o dia assustador do ogro, que ele não comece falando que foi horrível e que não assustou ninguém.
A ogra não pede muito.
Acho que no fundo ela quer um ogro mais crescidinho, mais sabido da vida.


terça-feira, 9 de julho de 2013

A vida como ela é

Na minha vida, as coisas só aconteceram quando eu estava preparada para elas. Claro que teve momentos de surpresa, mas todos regados a uma vozinha que dizia: "Logo tal coisa acontece".
No meu primeiro beijo, eu estava pronta para isso, tanto é que não fiquei cheia de dúvidas ou angústias. Tive oportunidades anteriores, mas não rolou. E sabe por que? Por que eu não estava pronta.

A hora certa é feita por nós.

Hoje eu sinto que algo grande vai acontecer na minha vida amorosa. Não, não vou encontrar o meu príncipe ou coisa do tipo. Mas será como um rito de passagem. E para isso, sinto que devo me preparar.

Olhei uma reportagem da superinteressante. Ela quebrou umas das poucas esperanças que eu tive na vida. Não é o amor que faz a beleza, é a beleza que faz o amor.

E me olhando para o espelho, tudo ficou mais claro.

ÉH.... Lá vamos nós de novo com a Teoria Gostosa!


domingo, 7 de julho de 2013

Traição é Traição

Confiar na pessoas, para mim, é difícil. Não que eu ou elas sejamos falsas uma com as outras, apenas tenho dificuldade no encaixe de ideias. Sou sensível a respeito disso. Quando realmente considerar alguém um BFF, acredite, será. 
E para ser melhores amigos eu não exijo muito. O básico, entende? Compartilhar segredos, guardar segredos, dar opiniões sinceras. 
Ontem, em meio a uma reunião íntima com dois amigos, me perguntaram se eu já havia amado de verdade. Parei. 
"Só platonicamente. O Zé." -e troquei um olhar de lembrança para a minha amiga. Amiga na qual participou fielmente dos acontecimentos e desastres a respeito deste Zé. Amiga que me aconselhou e que nos apresentou. Amiga presente nas dores e conquistas. 
Então essa amiga, lembrando do passado de menina, disse:
"Eu tive dois... 
"O Danilo" -acrescentei triunfante da nossa intimidade.
"Sim, e o Zé." -arregalei os olhos. O meu Zé? Sim, o meu Zé. "Mas não foi bem assim, ele gostava de mim e talz. Isso foi na quarta série." 
O Zé, comigo, foi na oitava. Nessa época eu e ela já éramos amigas a dois anos. E só descubro agora, depois de 10 anos, quando ela deixa escapar em uma conversa despretensiosa. 
Traição é traição. 
Não traição do tipo deles terem algo, mas traição do tipo dela não me contar. Dela ficar ouvindo as minhas lamúrias e ficar pensando "Na minha época...". Traição de esconder algo tão importante na minha vida. Não confiar em mim. Traição do universo também, por não deixar que a minha primeira paixão de verdade seja algo só meu. Preciso dividir até isso? 
A vida é uma caixinha de surpresas. Uma pandora safada. 
Fiquei totalmente sem chão com isso. Pode parecer pouco, mas para mim, não é. Isso e mais um monte de outras coisas. Amizade é você querer compartilhar a sua vida com alguém, é ter um base sincera te esperando. Agora se for cheia de receios... 
Fiquei magoada, sim. Senti que fui feita de boba. Que, como sempre, fui a garotinha ingênua e manipulável. Como se ela fosse a mãe das minhas ações, fosse a víbora que sabe a verdade mas não quer falar. 
E não falar para uma estranha, mas para alguém próximo de você. A família que você escolheu. 
O universo mais uma vez nos ensina lições. Mas ele é um professor cruel. 

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Tenha dó

Poucas pessoas no mundo podem se dar ao luxo de serem convidadas para uma parceria em um blog. O meu mais novo grupo de amigas resolveu que para melhorar suas vidas precisam blogar. Até ai, eu achei muito bom o convite. Faz tempo que eu estou querendo me reunir com outros tipos de virgulístas, para aprimorar minhas técnicas e visões. E essas meninas são mais velhas, estão formando... com certeza devem ter mais experiência de vida.

Será?

Ficamos de decidir o nome do blog. É difícil, não temos um tema. Pretendemos falar de tudo e de todos. Até ai, normal. Tirando uma coisa: elas querem nomes muito dramáticos. Muito auto ajuda sabe?

Não me leve a mal, mas eu não consigo entender o tesão que as pessoas tem ultimamente pela depressão e tristeza. Ser feliz parece muito fácil e clichê, a moda é tentar contar os pulsos.

Outro dia eu conheci uma cara na Manifestação. Ambos éramos da organização. Em 3 minutos de conversa ele me contou a vida, e vendo que eu não me impressionava (desculpe, mas vida de merda eu ja tenho a minha, quer me marcar? Conta da sua infância na Europa) decidiu compartilhar o quão duro foi o momento em que largou da noiva e mergulhou em profunda depressão.

Olhei para ele. Ele queria lágrimas de tristeza? Jura? Tudo isso para se auto-aprovar? Ele tem orgulho do sofrimento? Eu entendi direito?

Se ele REALMENTE tivesse depressão, que é uma doença séria e não apenas adorno para personagens fracos, ele não falaria sobre isso com uma estranha. Ele se abriria com um amigo, um médico.

É muito drama, sente? Drama desnecessário. Pessoas que usam do drama para se satisfazerem me enojam. Agora a moda é se fazer de vítima? Ter dó é bunitim?


segunda-feira, 24 de junho de 2013

Opinião Alheia

Uma amiga puritana minha me ligou ontem a noite. Ela é uma das pessoas que mais considero nesse mundo, então contei das minhas peripécias do sábado passado. A análise dela foi:
-você é hipócrita, tem coragem para chamar o cara mas não tem coragem de dar para ele;
-você é bipolar, e vai se machucar com isso;
-você vai ficar falada;
-(e a pérola da noite) você é sociopata.

Segundo ela, eu sou impulsiva. Vivo em um estada de tristeza comum, pelo fato de não ter amigos na onde eu moro, não ter caras que gostam de mim, e receber diariamente um nabo da faculdade. Depois, quando eu conheço alguém, ou algo, deposito toda a minha energia e felicidade nisso, passando por um estado de profunda depressão quando as coisas não saem como o previsto.

Sim, ela é a minha amiga e sim, disse a verdade. Mas que mal há nisso? Eu me divirto horrores com a minha bipolaridade. É certo de que eu não sei bem o que eu quero. Mas quem pode dizer que sabe?

E francamente, hipócrita? A liberdade sexual está aí para eu poder escolher. Não é por que eu chamo alguém que eu tenho que dar para ele. Eu dou se eu quiser e quando. Fim.

Ficar falada? Em que século nós estamos mesmo? Parece a minha mãe com todo o seu preconceito machista. Ninguém gosta de roupa usada, ninguém gosta de comida fria... fala sério. Não sou roupa nem comida. Sou um ser humano que não tem seu caráter definido por quando homens ama ou deixa de amar! Caráter é como você trata as pessoas, o quão sincera você é com elas, sem joguinhos ou artimanhas.

Sociopata? Tantas coisas mais criativas para me chamar. Louca, estérica, estranha. Agora só por que estou cheias de dúvidas e estou curtindo a minha espontaneidade, sou classificada com distúrbios psicológicos? Jura?

Só por que você não consegue me entender, não quer dizer que eu estou errada. Sou um ponto fora da curva? Ou a sua curva que está ultrapassada?



E de verdade, se não fosse pela minha loucura no sábado a noite, qual seria o drama da minha vida hoje?

domingo, 23 de junho de 2013

O outro gigante acordou xxx

Teve manifestação na minha cidade universitária e eu fiz parte da organização e participei um pouco mais do que o normal. Enfim, surgiu vários amigos dessa situação, gente feia, bonita, de todos os jeitos e cores. Ok. No final, teve um sarau, Eu fui, sozinha porque ninguem queria ir comigo, mas tranquila. Aprendi a ser uma mulher independente nesse ponto. Curtir a mim mesmo.
No final da noite, acabei em um bar bebendo com o pessoal da organização que tinha sobrado.
Ai você pensa, como homem é um ser previsível. Eu era nova no pedaço, e claro fui paquerada. Por dois, na verdade. Amigos, na verdade. Homem sabe muito bem lidar com mulheres, amizade e competição.
Mas enfim, fui levada para casa por um dos paqueradores, nada. Claro, eles eram horríveis.
Mal cheguei em casa e recebi uma mensagem do outro.
"Essa insônia está forte"
Uau, pensei, vamos conversar então né? Mandei algo puxando assunto, então ele me solta a pérola
"Posso ir ai?"
A claro, eu super costumo deixar caras que eu conversei duas horas em toda a minha vida virem na minha casa de madrugada.
"Não"
"Mas vai ser tão bom"
"Não"
"Mas a gente vai se divertir"
"Não, vou dormir, beijos."
E depois dessa meu celular ainda tocou duas vezes.
O quão desesperado estava esta criatura. Fala sério. Eu o pude imaginar com a mão pronta para bater uma punheta, apenas esperando o parecer da minha resposta.
Pelo menos ele teve coragem. Mas ele achou MESMO que ia dar certo? Será mesmo que ele acho que todo o seu limitado poder de sedução ia dar um jeito na minha dignidade?
Justo eu?
Falar sério. Que desespero.
Controle-se rapaz!


PA

Progressão Aritmética? É um pouco mais fácil do que isso. E, francamente, era o que eu estava precisando. Andei conversando com algumas amigas e elas tem sim, um pau amigo. Por que não eu? Só por que sou virgem? Puro detalhe.

Ontem, na noite de sábado, depois de sair com um casal amigo meu, voltei para casa na maior solidão. Um cara x veio me mandar mensagem, pra gente sair... mas Senhor, ele é muito feio, e desesperado também. E além do mais, faz um tempão que eu estava afim de ter um remember com o Leãozinho. Sabe, dei um fora homérico nele.

"Ele: Pôw, precisa ser tão estranha comigo?
Eu: Estranha? Como assim?!
Ele: A gente nem está conversando.
Eu: Ah... mas a gente nem conversava muito antes. "

Ele saiu do face e nunca mais veio falar comigo. Mas sabe como é, fazemos um milhão de aulas juntos, e bem... ele ficava com aqueles olhinhos esbugalhados.

Então, no silêncio da noite e depois de pedir opiniões das mais variadas para os meus amigos, decidi mandar in box. Como de praxe, ele demorou um pouco para responder, mas depois...

Ele apareceu em casa dez minutos antes do previsto. Nada precisou ser dito. Aliás, nada foi dito mesmo. Das outras vezes quando a gente se encontrava, eu tentava falar, mas ele não dava bola, então decidi que o silêncio reinaria. E reinou. O que foi ótimo!

Quando eu falo que sou virgem para os caras, sempre me sinto na obrigação de desempenhar aquele papel de "eu nunca fiz isso, não sei daquilo". Pura mentira! Faço faculdade de engenharia, tenho um milhão de amigos homens sem escrúpulos e sou umas das poucas que nunca nada das amigas, ou seja, posso não ter chego aos finalmentes, mas sei como é. 

A respeito do desempenho do Leãozinho: se for para perder a virgindade com alguém, não será com ele. Eu costumo dizer que dá para saber se um cara é bom de cama só pelo jeito que ele beija o seu pescoço. Se for afobado, quase rancando a sua veia aorta, esquece. Decepção na certa. Precisa ter tempo, manejo, jeito. A impressão que eu tenho é que esses caras desesperados vão ficar no vai e vem, e para mim só vai restar assaduras. Nem pensar. 
Teve apenas um momento que não parecia que estava com um adolescente, quando ele me pegou pela cintura. Mas foi um flash e passou rápido. 

E quer saber, foi ótimo. Não pelo cara, mas pela minha coragem e demonstração de mulher independente que sabe  o que quer. Desta situação, o que eu descobri foi:

Eu tenho culhões, e eles são rosa choque. 


domingo, 16 de junho de 2013

Homem frouxo


Ele não veio falar comigo: frouxo.
Não me chamou para sair: frouxo.
Não pediu para ficar comigo: frouxo.
Passou por mim e nem olhou: frouxo.

Miss Corações Solitários diz que sofremos da epidemia do homem frouxo. Eu concordava com ela, até pensar melhor.

Todo mundo quer ser feliz. E ninguém gosta de deixar a felicidade escapar. Pode demorar para pegar o jeito, mas a insistência, o treino, a vontade, faz diferença.

Então, minha querida leitora, quando um cara não te der moral, mesmo depois de falar coisas maravilhosas no seu ouvido e fazer planos para o futuro, não o chame de frouxo.

Chame-o de viado, de cretino, de filho da puta, biscateiro.

Porém, tenha em mente: não existe homem frouxo. Existe aquele que não está a fim de você.


sexta-feira, 7 de junho de 2013

O momento

Ele estava com aquela conversa mole. Desde o carnaval aquele chove não molha. Eram "amigos", entende? As más línguas disseram que logo depois que ela foi embora, o moço não parava de perguntar "Cadê a fulana? Cadê?".
As férias andaram e a conversa continuava. "É seu aniversário quarta?", perguntou ele, "Vou te pagar um sorvete".
Soverte, sei.
Ele foi na festa dela no alojamento da faculdade. Não conversaram muito pessoalmente. Com todas as atenções voltadas para a aniversariante, ela não se preocuparia com o magrelo de dois metros.
Primeira festa do semestre. O cara que ela queria ficar (e não era o magrelo de dois metros) estava bebaço e mal olhou para a moça, destruindo duas esperanças e instigando seu instinto assassino.
Dia seguinte: segunda festa do semestre. "Quer saber, hoje eu estou bandida, vou ficar com o magrelo de dois metros." A mensagem correu e logo o magrelo veio falar com a fulana.
Ai veio a parte boa. O xaveco. A paquera. A competição com um outro cara que também a queria. Mas como diria Miss Corações Solitários, sofremos do mal do homem frouxo.
O magrelo alto logo foi chorar magoado em um canto da festa. Fulana ficou desesperada. "Como assim ele já parou? Eu só queria enrolar mais um pouco! Quer saber..."
A coragem foi tomada. Só esperava a largada. "Se acontecer isso, eu faço aquilo." O isso aconteceu. Fulana não pensou duas vezes. Invadiu a roda que o magrelo conversava e lascou-lha um beijo.
No inicio ele ficou assustado, com os braços abertos sem entender direito. Mas ele era uma cara esperto, não precisou de mais meias palavras para agir. Olhou para ela sorrindo. Confuso, mas feliz. Para ele, estava tudo perdido, então essa reviravolta. Depois de um tempo, ela chegou a perguntar:
"O que achou de tudo aquilo?"
"Tá brincando? Eu adorei!" E os olhos brilhando não o deixavam mentir.
E depois?
Depois aconteceu o que sempre acontece: coisa nenhuma. Eles podem até ter ficados algumas outras vezes, mas o perigo de se apaixonar está presente em ambos os sexos. Por isso é que eh sempre bom imortalizar o momento, e não a história.

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Entre tapas e beijos

A engenharia me deu mais um de seus golpes. Se somar todas as minhas notas de prova não passam de 3,5. Fiquei arrasada. Acredito que se fosse só pela nota, pelo se formar em 5 anos, eu até estaria mais tranquila. Mas eu tenho um sonho. E esse sonho é tocar o puteiro na Alemanha.
Olho os editais de intercambio e choro sangue. Os malditos só querem alunos de excelência. Aqueles que não tem mais de 3 dependências e média global acima de 6. Eu tenho média global 6,2. E 5 paus muito bem tomados.
Então eu pensei em desistir. Achar um sonho mais simples, algo mais perto. Não dá, não consigo. Eu quero ser grande. Sair da média. Ir além. Quero me formar em 5 anos, viajar o mundo, namorar gente famosa. Quero ter uma franquia de livraria e quero publicar minha série de livros.
Tudo parece tão lindo, tão perfeito, tão a minha cara.
É tão difícil. A engenharia está me batendo muito. Mal consigo respirar. E a cada vestígio de que todo o meu esforço levará a nada, me magoa imensamente.
Agora, na cama, estava pensando em largar tudo, fazer letras, tirar os meus 10 em matérias de humanas e ai sim conseguir mesmo ir para o exterior. Só que começar tudo de novo? Investir em uma profissão que só Deus sabe quando vai dar dinheiro?
Então pensei em focar o meu intercambio na minha pós-graduação. Gostei da ideia. Mas será que eu só estou fazendo isso para tirar um enorme peso das minhas costas? Ou será que nada acontece mesmo por acaso?
E eu nem sei qual área escolher para o mestrado. Não sou apaixonada por engenharia, e o pior, estou pegando ódio dela. Dou murro em ponta de faca. Um tormento que não acaba. Porém, ela é que vai me proporcionar as mudanças necessárias em minha vida para chegar onde eu quero. O mestrado me dará um diferencial extraordinário. Só que a simples ideia de estudar com mais fervor e mais aprofundadamente as matérias que eu estou pegando pavor, me assusta demais.
Por outro lado, eu fico pensando: será mesmo que eu não tenho nenhum talento escondido nessa tal de engenharia? Será que eu ainda não estou para desabrochar? Assim como as vírgulas me mostraram um outro lado do meu ser, a engenharia não estaria regando mais uma de minhas caras?

domingo, 5 de maio de 2013

Party Girl


É o termo que define o meu tipo de divertimento. Não gosto de passar o fim de semana vendo filme, ou na fazenda com a avó. Barzinho, só se for aquelas dançantes. Desde que fiz o meu primeiro RG falso e entrei em uma boate, descobri que lá era o lugar onde tudo podia acontecer. Claro que nunca tive um relacionamento sério saindo direto de um globo de luz... mas já tive aventuras.
Ser uma PartyGirl não consiste apenas em ir, beber e se perder entre as luzes coloridas. Tem toda uma preparação, um ritual.
Começa com a roupa. Você e seus amigos já decidiram que vão, então chega a hora de fuçar dentro do guarda-roupa. Qualquer guarda-roupa disponível serve. Seja pai, mãe, irmão. Mágicas acontecem. Onde saias viram blusas e um amarrar na camisa faz toda a diferença. Tudo é possível. Desde gritar freneticamente "Não vou mais, não tenho roupa" até sair correndo atrás de algo perfeito no último minuto.
Uma verdadeira PartyGirl sabe que a roupa faz toda a diferença. Você pode ter um estilo ou seguir o fluxo da moda, mas a questão é se sentir bem com o que está vestindo. Sabemos que a concorrência é grande e a  boa auto-estima é o voto de minerva, a divisão em uma festa boa ou ruim. O feitiço é, por exemplo, transformar a camiseta velha da faculdade em um abada, combiná-lo com uma saia de renda preta e o seu super salto, e ser paquerada por tantos quantos caras você quiser. E depois ficar com um só porque vocês conversaram em alemão.
Chega a hora de maquiagem, cabelo e unha. A autêntica PartyGirl tem a unha sempre pronta. Seja feita por ela ou por terceiros. Fora um dom sobrenatural em utilizar chapinha, secador e grampo. É aquele negócio, a prática leva a perfeição. E, a menos que você tenha um estúdio especializado em casa toda vez que for sair, tem que aprender a se virar. Porque a PartyGirl não é rica.No final, se realmente se identificar, vai ficar viciada em aprender coisas novas. Antes deu ganhar o meu kit de maquiagem aos meus 16 anos, mal sabia o que era um baton, depois virei mestre. Ter o material e o contato com as amigas, blog, youtube, é o ponto chave da situação. Só cuidado com a qualidade da maquiagem, pois ninguém quer parecer um panda no final da noite. Passar delineador ao invés de lápis evita isso.
Uma questão importantíssima é a locomoção. Seja carona, taxi, a pé, com os pais, amigos... é sempre bom estar antenado. Se você tiver um grupo de amigos que curti ficar o mesmo tanto que você em festa, então é tranquilo. Agora, se não... prevejo algumas ciladas a vista. Primeiro sempre temos a opção de ficar a pé e sozinhas. Depois as caronas com desconhecidos, ou com conhecidos, bêbados ou sóbrios.
Quando fui para a faculdade esse era o meu maior problema. Não tinha carro e meus amigos que possuíam tinham hábitos bem diferentes que eu em relação a baladas. As caronas combinadas nem sempre davam certo e eu acabava nem curtindo a festa com medo de ficar para traz.
A solução fui criar independência. Hoje trabalho com a premissa de que uma festa só é válida se eu consigo voltar apé dela. Ponto. "Ahh.. mas é na prainha". Dane-se! Se não tiver ônibus não vou. Fim de papo. Mesmo que ninguém queria voltar comigo, e isso é um problema eminente, sempre avalio as possibilidades. Tem vez que compensa esperar uma alma bondosa, outros mando tudo a merda e me vou.
No início, evitava ir de salto em uma balada, depois optei por levar um chinelo na bolsa. Essa última opção é a que esta dando mais certo até agora. Se estou cansada, coloco o chinelo e a festa continua.
Algo que me incomoda muito é a questão de ficar com um cara, só porque ele tem carro e pode levar você e suas amigas para casa. Uma coisa é por coincidência... mas sempre. Bom, vai contra os meus princípios. Apesar que algumas mulheres gostam de usar seu charme para esse tipo de coisa.
Banheiros, o terror de qualquer mulher em uma festa. Ou a fila é gigantesca, ou não tem papel, ou está horrivelmente sujo ou tudo ao mesmo tempo. Não há como mudar isso. Porém, ser esperta te dá um pouco de vantagem. Geralmente levo um pouco de papel higiênico na bolsa. Caso esqueça, e no começo da festa o banheiro estiver com papel, pego e guardo. A respeito de filas, evite começo e fim do show. E o cheiro, bom... nada é perfeito nessa vida, né?
Agora, para tirar as famosas fotos no espelho.. por favor, faça isso no começo da festa, enquanto o álcool não subiu e sua maquiagem está intacta.
Ir no banheiro é uma boa desculpa para se desvencilhar de quem quer que seja e dar uma paquerada no local. A respeito de paqueras, é bom deixar claro que o tipo de grupo que você for influencia. Se tiver homens, pode esquecer. Sua noite de pegação está furada. Principalmente se os marmanjos não saírem de perto de você. Lembra-se: um homem no meio de muitas mulheres pega mais do que uma mulher no meio de um bando de homem. Acho que para eles é tudo questão de território, coisa que o sexo masculino respeito, diferente da mulherada.
Eu já saí com apenas mais um amigo homem, e estabelecemos um esquema. Ficamos juntos até a hora em que resolvemos sair para pegar alguém. Geralmente ele pega alguém primeiro, seja sozinho ou com minha ajuda (o que é o mais comum), então ficamos os três juntos. Dançamos, damos risadas... aí é a minha vez... com a peguete dele, vou dar a famosa volta. Se paro em um lugar estratégico, e o meu amigo homem se aproxima achando que a situação terminou, dispenso ele com um sinal de mão. Chegamos juntos com um casal, é verdade, mas agimos como verdadeiros companheiros de balada, no final das contas.
Se optar por um grupo só de meninas, cuidado com o tamanho desse grupo. Muitas mulheres juntas intimidam demais, e a gente sabe que nunca sai boa coisa disso. O ideal são três. O cara vai conversar e as outras duas podem se fazer companhia.
Há dois motivos para sair em uma balada: se divertir ou ficar com alguém. Essa galera que sai para comentar das roupas e hábitos alheios, para mim, são fofoqueiros, invejosos infiltrados em um ambiente de diversão.
Enfim, escolher entre se divertir e ficar com alguém depende do seu estado de espírito. As vezes um compensa mais do que outro. Entretanto, pelo menos para mim, estados de espírito diferentes requer atitudes diferentes. Divertir, para mim, é dançar. Acontece que suar não é muito atraente, apesar da dança ser. É questão de escolha. Se quero pegar alguém, danço de uma maneira mais tranquila, observando.Olhos e cabelo são a chave no negócio. Se quero me divertir, extravasar... bom... no coments. Danço para mim, e o resto que se dane.
Bebida. É delicado. Tem pessoas que só se soltam depois de um drinque e outras tem pavor a isso. Essa também é uma questão de paz de espirito. Se quer cair de bêbado, ok. Só avise o seu carona e seus amigos pra cuidar de você. Planeje.
Pessoalmente, só bebo algo que eu goste do gosto. E ainda assim, bebo sem presa. Se sinto que está subindo e eu não estou na vibe de ficar locona, paro. Ponto final. Já passei baladas inteiras sem álcool. Foram boas, claro. Mas me cansei rápido demais. Ao passo que as regadas a álcool sempre rendem mais coisas, afinal, nenhuma boa história começa com "Um dia comi uma salada...". Não exagero não. Estar sóbrio te dar a vantagem de rir das cagadas alheias.
E acredite, uma boa festa open bar por render assunto por muito tempo.
Outra coisa que eu não estava acostumada era passar calor em festa. Na minha cidade, tudo era regado a ar-condicionado. Quando fui para a faculdade, isso mudou. Na primeira semana aprende que uma boa maria-chiquinha na bolsa, ou grampos, é a chave do sucesso.
Em toda a festa que eu fui, um elemento nunca faltava: maconha. Aprendi a reconhecer o cheiro dela só de senti-la por aí. Os maconheiros geralmente ficam em um canto da festa, em rodas, com o baseado passando de boca em boca. Eu não curto, apesar de ter amigos próximos que curtem. Evito ficar perto para não ter a famosa do de cabeça por ser fumante passivo. Algumas vezes isso não rola, e eu sou obrigada a conviver. Nunca me ofereceram nada. Tudo é questão de postura. Não fico curiosa e deixo claro a minha posição. Ninguém começa a fuma maconha porque o obrigaram ou forçaram, isso é uma decisão interna. Seja por aceitação ou curiosidade, os motivos não importa, o resultado é o mesmo.
Os maconheiros são como um grupinho secreto, você sabe que existe, mas se não estiver no meio e com malícia suficiente, não vai desconfiar de nada. Eles evitam o "dar pala". Uma pessoa "palosa" é aquela que fala para todo mundo que curte uma erva. Nenhum maconheiro de verdade gosta de dar pala. Porque é perigoso para ele. Maconha ainda não fui legalizada.
Por isso, muitas vezes, quando não fumam em festas ou show, eles fumam dentro de casa, com a janela fechada. O que é extremamente desconfortável se você se encontrar em uma situação dessa e simplesmente não curtir o barato.
E por fim, brigas. Brigas são diretamente proporcionais ao grau alcoólico e de inteligência. Não se pode evitar todas, mas o silêncio ajuda bem. Ficar quieto, fingir que não ouviu, deixar para lá, esse é o segredo. Evite amigos brigões ou mesmo aquela mulherada que insiste em paquerar homens alheios e vice versa. Todos sabem que elementos começam uma briga. Todos conseguimos evitá-las. As mulheres que frequentemente são assediadas de maneira incisiva, sejam diretas e mantenham a postura. Olhe e diga: "Não quero. Desculpe" e se vá. Se você não for, será interpretada como um charminho, aí não tem do que reclamar, né, minha filha. Uma simples virada de costas é suficiente.
Algumas pessoas, principalmente religiosos, dizem que o ambiente da balada é falso e pesado. Ao meu ver, tudo depende de como você vai e as energias que carrega. Sempre fui em baladas e sempre saí bem delas. Tenho o meu jeitinho de lidar com algumas situações e mando a merda muitas outras. Sou uma autêntica PartyGirl e não me envergonho disso. Tenho minhas manias, é claro. Sempre, antes de dormir, por mais cansada que esteja, tomo banho e lavo até a cabeça. Se fiquei com alguém então, escovo mais dentes como se isso valesse a minha vida. Pode até ser toque, mas é o jeito que eu me sinto bem. Ao ir, e ao voltar. E no fundo, todo mundo quer ser feliz.
 


quinta-feira, 2 de maio de 2013

Precisando me benzer

Estou ciente que na vida de uma mulher solteira sempre aparecem mais canalhas do que caras que possam valer a pena, mas.. por Deus... o índice de canalhisse está ultrapassando arranha-céus.
Antes, bastava um carinha ser legal, bonito e me querer que ele já era considerado bom o bastante para mim. Porém, agora, esses adjetivos estão ficando gastos. As pessoas estão mais bonitas e eu ficando mais confusa do que nunca.
Sempre acredite que se várias pessoas te tratam de uma maneira que você não gosta, então o problema é com você, baby. Porém, o que esperar de uma cena assim:
ele:_Vou na sua casa amanhã.
ela:_OK. A gente vê um filme. Aparece aqui as nove.

No dia seguinte, as 7:40.
ele:_Nossa, comi demais hoje. Estou sem carro.
ela:_Ah, normal. Feriadão.
ele:_É... mas não consigo nem andar, mal subi escada. Comi demais. Não dá para ir ai, não.
ela:_Se você não quer vir aqui, tudo bem. Mas inventam uma desculpa melhor.
ele:_Não é desculpa, Teoria.
ela:_Claro que não! ^^

Ai eu fico pensando, o que eu estou valendo, eim? Porque nem uma mentira decente o cretino teve o trabalho de inventar!
Miss Corações solitários esta certa.“O que a mulherada enfrenta é a epidemia do homem frouxo”
Frouxo e burro.
O que essa anta pensou? Que eu ficar de boa? Que é super normal isso acontecer?
Vá a merda!
Depois fica dando uma de bonzinho protetor. "Deixa eu dormir junto com você. A gente fica abraçadinho. Eu te protejo."
Protege o caralho! Filho de uma puta!
É verdade que eu não queria nada sério com você. Afinal, que perspectiva tem um caro que fuma um beck diariamente, esta no sétimo ano de faculdade, sem previsão de formatura, e não consegue passar um maldito fim de semana longe da mamãe?
Não estou nem pedindo a verdade, SÓ UMA PORRA DE UMA MENTIRA MELHOR!!

Homem é tudo cafajeste mesmo. Quando eu falo que nada vai acontecer, que não pretendo satisfazer nada de ninguém, primeiro me chamam de louca. Os mais honrados tem a decência de desaparecer depois de uma conversa séria. Agora uns ficam, e insistem.
Começam a falar que eu não encontrei a pessoa certa, que eu preciso me apaixonar. Ai esses mesmo, com essas conversinhas fiadas, ficam forçando uma situação, tudo em nome da paixão e do meu conforto, para eu me libertar dos meus medos. Quanta gentileza. Fico até impressionada com a bondade no mundo.
E depois me aparecem com uma dessas. Ou fazem com que eu me apaixone, e somem!

Ou pior!!! Porque pior que ex-namorado-pé-no-saco, é ex-ficante-pé-no-saco! Porque eu não tive nada sério com o maldito, só me apaixonei a toda. Uma paixonite autodestrutiva de um mês.
Então o pé-no-saco insiste em achar que eu ainda gosto dele, depois do tremendo pé na bunda que ele me deu. A gente se encontra em festa, e, ao invés do maldito me cumprimentar de longe... não! Ele vem, e vem me dando beijinho na bochecha e me abraçando. Se achando o dono do pedaço. Como se a gente fosse amigo.
Amigo o cacete! Não sou sua amiga! Nunca fui sua amiga! Nunca quis ser dua amiga! E não pretendo ser a sua MALDITA AMIGA!
Só não desejo a sua morte porque tenho dó do capeta!
E não feliz, o otário me abraça de novo!
Então eu viro, e digo:
_Tudo isso é saudade, é?
Porque, pra mim, se não for isso, é doença. Mas é claro que não é isso. A vida nunca é tão simples assim.
Ele quer dar uma de bom moço, se fazer de herói. Do tipo do cara que não faz mal a garota alguma. Que fica cumprimentando ex ficantes como se elas fossem amigas de infância.
Agora, o que o resto do mundo não sabe, é que, um dia, a gente estava tudo bem, e no outro, ele some. E sabe porque? Porque ele não teve a coragem de falar para mim que não queria mais porque ele precisa de um lugar para enfiar o pauzinho dele.
Epidemia do homem frouxo!

Eles falam que a gente é que é louca, histérica, insegura... mas, me desculpa, tem que ter muita paz de espírito pra aguentar tudo isso quieta.
Não sou uma dama e tenho dó de quem é.
Eles que me aguardem. Só não falei tudo isso pessoalmente por questão de oportunidade.
Mas Fortuna tem uma roda que sempre gira.
Até lá, eu vou atras de uma benzedeira.

Apesar que, do jeito que tá, é capaz dela me benzer com maconha! 
Melhor! Assim eu tenho história pra contar. 




quarta-feira, 1 de maio de 2013

Café-com-leite

Depois de umas semanas lotadas de provas e trabalhos, nada como contar esse terrível experiência para alguém. Peguei os meus contatos do facebook e do celular.
Não sei você, mas a mim parece cada vez mais difícil fazer amizade. Não me sinto confortável em qualquer lugar e não confio em ninguém.
Meus amigos verdadeiros estão a quilômetros de distância e frenquentemente me esquecem por conta da vida pessoal deles, um baita egoísmo.
Hoje, véspera de feriado, eu quis sair. Na cidade universitária onde moro, tinha duas festas. Eu sai mais cedo da faculdade e consegui comprar um short lindíssimo. Perfeito. Exceto pela falta de amigos.
Liguei para todos. Perguntei para um monte.
Nada.
Acabei em um rolé fracasso na minha vizinha. Onde ela e os amigos do grupo PET conversaram por horas a fio a respeito de viagens e relatório de petianos.
Então apareceu um paquerinha. Ele chegou e ficou ao meu lado o tempo todo. Rolou um clima grande entre a gente. Da última vez que nos vimos, voltamos da festa juntos, ficamos conversando até altas horas da madrugada enquanto o amigo dele estava desabado no sofá. Então ele quis me beijar.
_Não. -disse me afastando. -Você gosta de outra pessoa.
Ele queria o meu corpo nú, mas é apaixonadíssimo pela minha vizinha, a pessoa que mais ando.
Triste.
Na verdade, mais ou menos. Por um lado, é bom alguém me querer só pelo "meu corpo", sinal de que o projeto TeorisGostosa esta dando resultados, mas... eu queria um rolê do apego.
E nessa nova fase da minha vida, se não for para ser assim, nem entro na brincadeira.
E tem ainda o meu alemão. Dois anos e meio e ainda sou analfabeta na lingua dos nazistas. Eu estou começando a ficar desesperada!!
Nada dá certo.
Nem alemão, nem faculdade.
Sei que engenharia é um curso dificil, mas por mais que eu me esforce, nunca parece ser suficiente.
Olho para essa galera tirando 9 facil. E eu suanda a camisa por um 5, ou 3!!
Vida, cansei. Quero ser café-com-leite.


sábado, 13 de abril de 2013

Amor da minha vida: O Retorno

Amor da minha vida é um cara que eu vi uma vez em uma balada. Gato. Perfeito. Barba desabrochando testosterona. Cara boazinha. Nossos olhares se fixaram uma vez. Foi o suficiente. Porém, na ocasião, meus amigos homens impediram a tímida aproximação do romeu.
Voltei para a minha vida de engenheira, mexi com umas integrais, calculeis uns semáforos e tive saudade da saia da mamãe de novo.
OK. Estando na minha cidade natal, resolvo sair na balada de sempre. E olha quem eu encontro?
Exatamente. Uma loira e o amor da minha vida.
Fortuna realmente é cruel.
Porém, todo mundo sabe que ficadas não são definitivas, eu principalmente tenho essa experiencia encrostada no peito.
Sai com uma amiga, no meio da pista, para eu poder lançar meu feitiço do olhar quarenta e três.
Meu primo chega.
_Quem vocês estão paquerando ai? Aqueles mauricinhos alí? -perguntou apontando para o lado oposto. -Eles não prestam. São burros que nem uma porta. Vocês tem que paquerar aqueles lá. -apontou para um cara do lado do amor da minha vida. -Esse aí é o irmão mais novo, o outro é formado junto comigo.
Tsharamm!!
O amor da minha vida era o próprio!
Eu sabia que conhecia aquele deus grego de algum lugar.
Agora você me pergunta: e aí? Rolou?
E eu te respondo, você acha que se tivesse rolado eu estaria desabafando na internet?


domingo, 7 de abril de 2013

O sertão vai virar mar, e o mar vai virar sertão


Definitivamente , na minha vida, o mar vai virar sertão. Aquele sertão seco e sem vida. Sabe quando você presente uma seca enorme vindo em sua direção? Pois bem, estou com esse feelling.
Era meio obvio: a gente termina um relacionamento, quer algum braço amigo pra chamar de seu, mas ele não vem, pelo fato de você estar meio desesperada.
Disso eu sabia. Porém, Fortuna adora me pregar peças. E foi só a minha solterisse desabrochar que eu voltei a ser a garota que todos querem mais uma vez.
Entretanto, tudo passa.E nada me faz diferente para ser uma exceção a regra. Passou. E agora eu sei o quanto vai demorar para voltar.
Há três baladas que não pego ninguém. Não porque eu não quis, porque nem tentaram. Sejamos sinceros também, eu não sei bem o que eu quero. Receber uns xavecos faz mala ninguém.
Enfim, três semanas e os últimos lábios que me tocaram simplesmente sumiram no feriadão, e quando eu cansei de correr atrás deles, vieram com uma história de que quem mudou fui eu. Como se eu fosse a vilã, né?
Ai aconteceu todo o drama descrito no post abaixo.
Triste, eu sei.
Em resumo: vou ficar sem ter alguém por um bom tempo.
E porque eu ainda não cortei os pulsos?
Tudo passa. Eu só não sei as consequências para chegar até lá.

sábado, 6 de abril de 2013

Todo mundo se apaixona


Hoje, eu estava voltando da faculdade e ouvi "Todo mundo se apaixona". Olhei para traz e vi dois cinquentões, gordos, feios, provavelmente pobres. Ri. Aquela era exatamente a situação confirmando a frase. Eu me apaixono, e ouvi a prova de que eles também.
Porém, não pude deixar de comentar "Nem todo mundo. Algumas pessoas não conseguem." Ou não querem. Vai saber.
Olhando para o mundo ao meu redor, para o meu mundo, eu sinto o quanto é difícil gostar de alguém. A gente se conhece, sai, e de repente, tudo munda. Tudo some. As coisas boas não nos mantém mais juntos. A coragem falha e o ego se senti ofendido.
Queremos nos ver, mas já batemos tanto na ponta dessa faca.
_Eu gosto de você. Mas não gosto do jeito que estou sendo tratada. Não sei se uma coisa compensa a outra.
Nos filmes, é essa a parte da música cheia de aventura e um mocinho preparando-se para luta. Hoje, a mocinha também pode lutar, mas nenhum dos dois quer arriscar.
Eles já arriscaram tantas vezes. Pularam de tantas pontes mirando um precipício de alegria.
_Eu sinto sua falta. Mas eu sinto falta de tanta coisa.
Simplesmente, não vale a pena ficar junto. Batalhar para isso. Porque, na queda, podemos até ter a sensação de frio na barriga, o único problema é a gravidade e o chão.
Então, o senso comum fica com um o pé para traz. Todo mundo se apaixona, mas ninguém mais quer isso. Por que o chão sempre esta por perto.