quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Mulher bonita ou mulher inteligente

No mundo machista que vivemos dizem que ou uma mulher é bonita ou ela é inteligente. E quando não é nenhum dos dois?
Atualmente, estou assim. A faculdade me suga a beleza e me mostra que minha mente não passa de um grão de areia na praia do conhecimento.
Isso dói.
Dói olhar-se no espelho e perceber-se acima do peso. Dói quando as pessoas vem com esse frase "Olha, não me leve a mal, mas você deu uma engordadinha né?"
Não me leve a mal?
 Claro que eu levo a mal. Ou você acha que eu adoro receber críticas? Vocês subestima a minha inteligencia ao ponto de pensar que eu não faço a mínima idéia do que acontece com o meu corpo?
"Mas alguém tem que lhe dizer a verdade"
O espelho já me diz a verdade. Minhas notas gritam incessantemente a maldita verdade. Acha que eu preciso de mais alguém para acabar com o pouco de auto-estima que me resta?
Alguém que cobra, julga e assassina meus momentos de paz?
Ah... eu só queria voltar para casa. Lugar onde a tranquilidade reina. Não tem jeito, casa dos pais nunca mais será a sua.
O mundo é muito cruel lá. Há gente mandando em você, tratando-o com ignorância e cobrando resultados. Como se, no final das contas, na faculdade é o lugar onde você paga as suas dívidas, desde a ir a festa de crianças até comprar uma máquina de levar. Ou será que eles se preocupam com o fato de que, no final das contas, você irá sustentá-los. E caso a sua vida profissional não dê certo, eles também passarão por dificuldades?
Provavelmente.
Porém, nada disso mudará a depressão em que me encontro agora. Eu não sou tão boa e perfeita como achava que era.
Claro que sei que ninguém é perfeito, mas na minha imaginação eu era. E é mais duro quando nem imaginar a sua perfeição você consegue.
Parece que até as minhas vírgulas dão as costas para mim.
O mais estranho, porém, é que, na noite anterior ao desencadear dessa crise toda, eu rezei.
Rezei colocando tudo na mão Dele.
E então, logo de manhãzinha, recebi o meu desastre.
Contudo, eu sei que nada ocorre por acaso. Em tudo há um motivo.
Basta eu descobrir qual é. Ou, talvez, esperar que o próprio pretexto revele-se a mim.

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