Uma vez, quando eu ainda namorava...
Ah, eu não comentei com você ? O digníssimo virou falecido, pelo menos para mim, pois como diriam alguns filósofos modernos: "Ex bom é ex morto" .
Enfim, quando eu ainda namorava um amigo resolveu se interessar pela minha pessoa. No começo, até era divertido. Brincava de gato e rato sem me envolver e sempre ter alguém para chamar de meu. Porém, quando percebi que toda vez que brigava com o meu namorado eu ia me vingar conversando com o outro, comecei a ficar incomodada.
Não que eu seja certinha demais. Apenas naquela ocasião eu não queria me sentir culpada, ou falsa, dizendo um "eu te amo".
Nesse ponto, eu me admiro muito. Sou sincera. De um jeito ou de outro. Gosto de jogos até a hora em que os sentimentos se misturam.
Então eu fiz o que qualquer garota inteligente faria.
Dei bola para o outro, até o momento é que ele disse para mim que não se importava de ficar com alguém que namorava.
Mas eu me importava. Se fizesse isso me tornaria o tipo de pessoa que mais odeio.
Então falei para ele, o outro.
Gostava do meu namorado, e por enquanto, queria estar envolvida com ele 100%. Não me arrependi, sabe? Fiz o certo.
Porém, hoje, depois de um término doloroso e o falecido já estar se ocupando com outra infeliz, eu penso: Escolhi certo?
Entreguei-me para o certo?
Acreditei no certo?
Os caras parecem serem tão perfeitos quando estão em seus braços, sonhando com o futuro.
Só que com o futuro a gente nunca deve sonhar. Ele nunca vem. E é o presente que nos surpreende e é o passado que nos atormenta.
O meu outro, agora, está feliz da vida, sem mim. Talvez até dando uma boa gargalhada.
E eu estou aqui. Escrevendo as memórias de uma mulher de menos de 20 anos. Que nada interessa a ninguém, exceto para sua própria solidão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Campanha: "Diga não ao anonimato! Assine o seu comentário!"