sexta-feira, 1 de março de 2013

Pai e mãe, ouro de mina.

"Se você for hoje, não vai sair amanhã"
"Mas pai, amanhã é sexta! "
Ele se manteve irredutível, e a menina ficou em casa.
Situação bem comum, pelo menos comigo. Entretanto, o peculiar é: a menina em questão não é mais menina. É uma mulher de 23 anos, formada, com seu trabalho e seu salário.
Mas e a independência dela?
Fiquei em choque quando me falaram o causo.
Na minha casa meus pais me proibiam quando eu era nova, não sabia as coisas da vida. Mas hoje, eu nem sou economicamente independente, eles já estão na fase de orientar, e não mandar. Eu ajo de acordo com o meu bom senso e a minha criação.
Saindo com os amigos do meu primo, descobri um mundo totalmente a parte do meu.
No meu mundo, pessoas de 23 anos não ficam em casa por que o pai proibiu. Eles brigam, xingam, pegam o carro e vão. Tem os seus pensamentos e opiniões e seguem isso. Muitas verdades dos meus pais, não são minhas. A gente se respeita, e tudo. Porém, no final, as decisões são minhas.
Quais os perigos de uma mulher de 23 anos sair para um barzinho? Se ela está em boa companhia, não é mais virgem, e não se coloca em situação de risco, qual o problema?
Ela ficar mal falada?
Por outro lado, eu fiquei pensando. Pais não querem nunca o nosso mal. Fazemos bem em ouvir o que eles tem a dizer.
Só que.... não seria um exagero?
Mas quem seria o exagerado?
Eu, com 18 anos, assim que fui para a faculdade morar fora, não tinha mais hora para voltar pra casa. Nunca fiz nenhuma besteira, é fato. Mas apenas não impunham limite no meu divertimento.
ou
Ela, 23 anos, ganhando o seu salário, formada, com a vida nos eixos. Nunca estudou fora, é verdade. Mas acho que também nunca fez besteira.

Quem está certo?
Até que ponto o respeito pelos pais deve afetar a nossa conduta? Qual é o limite para a criação? Quando os filhos caminham sozinhos sem afetar suas relações paternas?



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