Em Brumas de Avalon, as sacerdotisas já diziam. A Deusa nunca deixa de atender um pedido, mas nem sempre as coisas acontecem como o esperado.
Em minhas orações á Deusa, eu pedi, com fé e fervor, algo que fizesse eu ter o poder de escolha com quando eu vou ficar com alguém. Uma arma de sedução capaz de atingir até o mais exigente dos caras. Algo com poderes certeiros.
Ela me atendeu.
O olhar.
Um simples fixar das pupilas em um número equilibrado de vezes faz o mais cético vir até mim.
Pois bem... e eu comecei a fazer jus a esse sortilégio tão poderoso.
Porém, o aviso das sacerdotisas nunca foi tão preciso.
Utilizando do meu feitiço, eu consigo o cara que eu quiser. Por uma noite.
Esse é o prazo.
E os efeitos colaterais são dúvidas infinitas a respeito do quando ele estava a fim de mim, ou se as coisas só aconteceram por que foram facilitadas. Uma falta imensa de alguém vir até você. A ausência de paixão ou comprometimento do outro envolvido.
Até aqueles em que o efeito passou de uma noite, não dava para sentir o algo mais. Eles eram movidos pela inércia e eu, pelo desespero para entender a situação. E modificá-la.
Quantas foram as vezes que o meu coração sangrou. Lágrimas envolvidas com a água do chuveiro para ninguém notar. Confianças fundadas em um castelo de areia.
Uma de minhas personagens já havia me avisado antes disso tudo. O pior dos sentimentos é a dúvida. O meu amor me ama mesmo ou só me quer por causa do meu feitiço?
E a benção se torna maldição.
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