sábado, 24 de agosto de 2013

Santorini



Uma das mais românticas ilhas gregas. Em todo o lugar, a música é sensual e os lugares aconchegantes. Minha primeira noite aqui e comi pizza a luz de vela com o populacho da minha família. Acontece.

O hotel em que estamos é uma atração a parte. Parece um castelo. As tradicionais casinhas gregas brancas e azuis foram unidas por corredores de pedras e estátuas de deuses. Na piscina, é carpete verde, com quiosques e cadeiras de madeira. 

A praia não é muito boa. Ela tem uma areia preta que parece cimento. O mar é muito frio. Mas a infra estrutura é incrível. Corredores de tablados de madeira para não pisarmos na areia, mini combucas embutidas para limparmos os pés, além de quiosques com cadeiras de praias de madeira pura e guarda-sol de palha, e um serviço de atendimento que leva e traz tudo que quiser, por apenas 9 euros.

O vento aqui toma a sua forma mais estonteante. Ele voa sem medo. Mexe com os cabelos de todo mundo e ergue várias saias pelo caminho. Vez ou outra, ele assobia para uma mulher bonita na rua.

Santorini é apaixonante, e claro, eu não poderia ser imune a todo esse sentimento. E quem foi o sortudo? Um dos recepcionistas do hotel. Vocês me conhecem, sabem que eu adoro um amor inventado.

Não sei da onde ele é, se é casado (porque aqui na Europa nem todo casado usa aliança), quantos anos tem. Então, perante a toda essa nostalgia, eu decidi que, para trazer um pouquinho dele dentro de mim, eu iria fazer um personagem só dele.

Vejamos: moreno de sol, olhos verdes chamuscastes, daqueles que chama atenção em um rosto, barba rasteira, cabelos lisos e pretos, altura mediada. Parei. Não é possível fazer um personagem dele. E agora eu sei porque me apaixonei tão fervorosamente. Ele já existia dentro de mim. Já era um dos meus personagens, do meu primeiro livro, inclusive.

Então a gente para e pensa: a deusa da fortuna novamente pregando uma peça nessa singela escritora. E alguns riam quando eu digo que a vida é uma caixinha de surpresas e que ela é folgada, pois vez ou outra imita a arte.



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